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Como motivar a geração Z

Junto à geração Alpha (nascida a partir de 2010), nascidos em meados dos anos 1990 devem atingir 50% do contingente populacional global em 2030

Aquilo que inspirou ou gerou compromisso no passado passa por novas  referências e valores para engajar jovens colaboradores. A começar pelos profissionais da geração Z, nascida a partir de de 1995, que são praticamente nativos digitais, crescendo em meio à explosão de inovações que mudou os rumos da sociedade nos últimos tempos.

As Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que se trata, atualmente, de 36,7% da população mundial. E junto à geração Alpha (nascida a partir de 2010), deve atingir 50% do contingente populacional global em 2030. É um público com características bem identificadas pelo setor corporativo: os pertencentes à geração Z são imediatistas, desapegados e individualistas, são nômades digitais com forte tendência ao empreendedorismo. O que os atrai e motiva, no trabalho, tem mais a ver com satifazê-los em suas expectativas do que com os resultados ou apreciação de suas contribuições.

O tema fez parte do painel O que é sucesso para você? no 3º Fórum Melhor RH Confiança, realizado mo início deste ano, com a participação de Elizabeth Rodrigues, Diretora de RH da Vedacit; Jonas Rogerio Carvalho, Coordenador de Vendas do Senac São Paulo, e Renato Acciarto, Relações Institucionais e Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.

Acciarto lembrou justamente o match necessário entre os valores e propósito das empresas e as expectativas desses jovens como norte de suas metas profissionais, mesmo quando o foco da atividade é financeiro, algo que repele os esses novos talentos no mercado e que o executivo pensava ser fator impeditivo do engajamento das novas gerações.

Elisabeth observa que, de um lado, as novas gerações trazem o olhar voltado a esse propósito e à sustentabilidade nas empresas, de outro, ao melhor uso do tempo. “Não adianta adquirir se não tiver tempo para usufruir”, ressalta a executiva, sobre a lógica que perpetra geração Z e posteriores. O que muda o jogo do reconhecimento, da remuneração e dos benefícios a serem oferecidos aos novos talentos nas empresas, além da própria forma de trabalhar.

Na opinião de Elisabeth, reconhecer as características das diferentes gerações nos locais de trabalho e respeitá-las seria um passo importante rumo à inclusão etária e a um ambiente que favorece o engajamento de todos. “Sucesso [para essa geração], é poder ser/ fazer aquilo que eu quiser”, entende a diretora de RH da Vedacit.

Carvalho, por sua vez, concorda. Ele destaca que o que marca o momento –  e não somente as novas gerações  –  é uma inversão de valores, de usufruto e não acumulação de bens. O executivo se inclui nessa nova mentalidade e observa que ambientes criativos motivam os mais jovens. “No meu tempo a gente se ligava em salário e cargo para o sucesso, o que está totalmente diferente”, lembra. “Estamos num momento de querer coisas [bens, salários, benefícios], mas também curtir as coisas.”

Para o executivo, é preciso que os mais experientes tenham um olhar aberto a esses ambientes e novas formas de vivenciar o trabalho e a vida. Menciona, como exemplo de olhar “arejado”, a criatividade e a preocupação de jovens, principalmente nas startups, em desenvolver soluções muito a frente de seu tempo, para seus contemporâneos e seu futuro. Quando os gestores perceberem isso –  e favorecerem esse contexto, mantendo o equilíbrio entre os públicos na contratação –, acaba o etarismo, prevê o Coordenador de Vendas. “Onde não existe conflito, mas a conexão, todos ganham”, destaca Carvalho.

A escuta – todos concordaram – seria o caminho para criar um ambiente inspirador e capaz de engajar a todos.

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