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Como superar resistências à mudança com treinamentos em tecnologias disruptivas?

A resposta está na inovação, mas ela, por si só, também encontra barreiras

de Sergio Krivtzoff em 26 de dezembro de 2024
Seventyfour, via Freepik.com

Você já parou para pensar por que tantas vezes as iniciativas de treinamento em tecnologia encontram resistências? Nas empresas de hoje, convivem diferentes gerações de colaboradores: a Geração Baby Boomer, a Geração X, os Millennials e a Geração Z. Cada uma dessas gerações têm suas particularidades quando o assunto é aprender. Mas o que fazer quando o treinamento necessário exige tecnologias disruptivas que muitas vezes enfrentam objeções tanto de gestores quanto de colaboradores?

A diversidade geracional no ambiente corporativo é rica, mas também desafiadora. Por um lado, temos colaboradores de mais idade que, muitas vezes, veem as novas tecnologias como complicadas ou desnecessárias. Por outro lado, os mais jovens, que cresceram em meio à tecnologia, nem sempre gostam de abordagens tradicionais, como ler um manual extenso ou assistir a uma apresentação de slides sem interação. Eles buscam dinamismo, algo que os engaje e mantenha sua atenção.

Essa coexistência cria um dilema para as empresas: como projetar treinamentos que sejam interativos, dinâmicos e eficazes para todos? A resposta está na inovação, mas ela por si só, também encontra barreiras.

Outro ponto crítico é a resistência dos próprios gestores. Muitos acreditam que tecnologias como realidade aumentada, vídeos ou jogos interativos são “brincadeiras caras”. O resultado? Optam por soluções mais simples e baratas, como PPTs, PDFs e outras. Embora práticas, essas abordagens muitas vezes falham em engajar os participantes e gerar aprendizado significativo.

Mas qual é o custo real da escolha mais barata? Um estudo realizado pela ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) sobre o cenário dos treinamentos empresariais no Brasil revelou que 70% dos programas corporativos não alcançaram os resultados esperados. Investir em ferramentas modernas não é apenas uma questão de estar na moda, mas de garantir resultados que justificam o investimento inicial.

Como, então, superar essas barreiras? Aqui estão algumas estratégias práticas:

  1. Educar os gestores sobre o Retorno do Investimento (ROI): Demonstrar com dados e cases de como tecnologias disruptivas geram resultados mensuráveis é essencial. Relatórios que evidenciem ganhos de engajamento, retenção e produtividade ajudam a combater a visão de que essas ferramentas são apenas “gastos extras”.
  2. Adotar uma abordagem híbrida: Combinar abordagens tradicionais e inovadoras permite atender às necessidades de todos os públicos. Por exemplo, treinamentos podem incluir textos para leitura, vídeos curtos e exercícios práticos em formato gamificado.
  3. Personalizar experiências de treinamento: Soluções tecnológicas que oferecem diferentes formatos de aprendizado permitem que os colaboradores escolham aquele que melhor se adapta ao seu perfil. Essa flexibilidade reduz resistências e aumenta a eficácia.
  4. Fomentar uma cultura de feedback contínuo: Engajar colaboradores na construção dos treinamentos, ouvindo suas opiniões e ajustando as ferramentas de acordo com suas preferências , fortalece o compromisso de todos com o processo.

O futuro do treinamento corporativo está na inovação inclusiva. Metodologias inovadoras permitem capacitar trabalhadores deskless, que não usam computadores no dia a dia, de forma prática e eficiente. O WhatsApp, por exemplo, torna-se uma ferramenta para treinamentos interativos, garantindo acessibilidade, engajamento e aprendizado contínuo em qualquer lugar.

Embora a resistência à mudança seja natural, ela não pode ser um obstáculo. Investir em tecnologias disruptivas não é apenas uma questão de modernidade, mas de garantir resultados superiores em um mercado cada vez mais competitivo.

Ao reconhecer e integrar as diferenças geracionais, educar gestores e oferecer ferramentas flexíveis, as empresas têm a oportunidade de transformar o aprendizado. A pergunta que fica é: sua empresa está pronta para dar esse passo? 

As ferramentas estão disponíveis. Cabe a nós utilizá-las para construir o futuro.

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Sergio Krivtzoff

Co-fundador e diretor de Operações da NextGen Learning, empresa brasileira especializada em treinamento de alto impacto.