No painel seguinte, Aprendendo a falar – Comunicação como ferramenta de restauração, os debatedores foram Fabio Rosé, fundador da imanah; Rodolfo Araujo, VP América Latina da United Minds; e Rodrigo Dib, superintendente Institucional e de Inovação no CIEE. Saiba mais o que foi discutido neste painel, clicando aqui.
Fabio Rosé lembrou a comunicação como construção de pontes. E falou da comunicação como uma libertação da pessoa em sua forma de existir. “Já disseram que liderar é gerenciar as conversas que faltam. E tem muitas conversas que faltam, que deixam de acontecer, exatamente por essa fragilidade de um contexto que permita a exposição pessoal. Sem esquecer dos pontos sabotadores da cultura. Para esta geração (citando a Geração Z) não faz sentido a forma como a gente se comunica e, por isso, o RH tem que criar canais formais para amenizar isso”.
Araújo citou alguns desafios e estaca um estudo da Aberje, que aponta que 74% das empresas ainda encaram como um desafio concreto formar as lideranças para que sejam efetivamente bons comunicadores. E isso não significa obviamente apenas falar bem, envolve competências mais amplas. Outra pesquisa da Pumble, chamada de “Estatísticas de comunicação no trabalho”, de 2025, aponta que 84% das pessoas creem na sua liderança direta como o principal canal de comunicação. “Mas a questão cultural é o grande abismo que existe entre o que a liderança diz e o que efetivamente a organização pratica. Aí acontecem coisas como o medo da vulnerabilidade, em culturas que punem o erro, o que faz com que a comunicação se torne defensiva”, comentou o vice-presidente para a América Latina da United Minds.
Dib, colocou que “a boa comunicação é a ponta, mas antes devemos construir a abertura, ambientes internos em que o colaborador mantém o diálogo, quebrando hierarquias verticalizadas, para as pessoas não terem medo de se expor, de dizerem o que são, porque o mercado de trabalho hoje não desassocia a vida pessoal da profissional. Importa o time de liderança que temos e não o que está escrito na parede a respeito da missão. Quem tem 35 anos para cima se comunica de forma muito diferente do que outras gerações. Temos esse desafio e é mais uma maneira de trabalharmos vulnerabilidades”.
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