Comunicação interna

Comunicação interna assume papel vital durante pandemia

Soluções tecnológicas promovem aproximação entre companhias e empregados e resolvem problemas do dia a dia dos RHs

A crise do novo coronavírus fez com que várias empresas investissem na comunicação interna (CI), que ganhou um papel ainda mais importante em um contexto marcado pelo trabalho remoto.  Ela contribui para a manutenção do engajamento e da produtividade estabelecendo vínculos entre as equipes e as lideranças, trabalhando a cultura organizacional e cuidando da saúde mental dos funcionários.

Uma ferramenta que visa contribuir com a resolução dessas questões e levar serviços e benefícios para os colaboradores é o Dialog, plataforma de CI para empresas. Segundo André Franco, CEO da empresa, estudo realizado pela Porter Novelli, agência de comunicação corporativa global, identificou que a principal demanda dos 25 principais clientes da agência é melhorar a comunicação interna entre empresas e funcionários, engajando os colaboradores.

A plataforma, que atualmente tem 22 clientes em diferentes setores, possui várias funcionalidades. Ela conta com uma área de arquivos, onde ficam os conteúdos gerados pelas empresas (vídeos, fotos, PDFs, etc.), como regras de trabalho remoto e informações sobre benefícios, e outra de serviços internos para o empregado, como sistema de holerite, ponto digital, crédito consignado e psicólogos online.

Outro serviço oferecido é a timeline (mural) onde a empresa faz comunicados, que podem ser segmentados por setores ou cidades. Nesse espaço também é permitido aos funcionários postarem mensagens para todos e “curtirem” as publicações. Os colaboradores também podem escrever depoimentos nos perfis de colegas com elogios e destaques às competências de cada um.

Não é permitido, entretanto, que os empregados criem grupos de contatos restritos, cabendo aos RHs essa tarefa. É o setor que faz a curadoria de quais grupos devem existir dentro da empresa. “Dessa forma, o colaborador escolherá melhor o que vai postar e, assim, melhora a qualidade do conteúdo divulgado, além de evitar a formação de grupinhos dentro da empresa”, justifica o CEO.

O Dialog possibilita a realização do onboarding das organizações de forma totalmente virtual e possui um local com quizzes e pesquisas de opinião. Dessa forma, a empresa pode medir o quanto os seus empregados estão compreendendo determinados assuntos internos, além de servir para gerar métricas que possibilitam uma melhor percepção de quem são e onde estão os funcionários desinformados para que o trabalho de comunicação foque nessas pessoas e setores.

“Usamos um sistema de gamificação que estimula os empregados a usarem a plataforma. Quanto maior a interação deles com ela, mais pontos eles possuem para trocar por recompensas oferecidas de acordo com cada empresa”, pontua o executivo.

Para 2021, o gestor quer integrar mais serviços ao Dialog, já que a ferramenta permite plugar a interface de outras plataformas dentro dela. Evoluir a plataforma em termos de performance e velocidade também é outra prioridade.  

Outro objetivo é que ela possibilite, por meio da análise dos dados coletados, predizer quem são os colaboradores com maiores probabilidades de pedirem demissão. O objetivo seria evitar a rotatividade e diminuir o turnover.

Por fim, a criação de métricas mais ligadas a negócios é outra meta. “A área de marketing de uma companhia pode, por exemplo, oferecer aos funcionários vouchers personalizados de descontos em e-commerce para que eles compartilhem com seus amigos e familiares de fora da empresa. Dessa forma, o setor consegue saber quem foram os empregados que mais ajudaram a gerar vendas”, explica Franco.

Essa conversa aconteceu durante o Fórum Melhor RH Tech, realizado pela plataforma Melhor RH, nos dias 14 e 15 de dezembro. O evento, totalmente digital e gratuito, reuniu em seus painéis e trendings gestores de RH e executivos de empresas para debater sobre os principais desafios e tendências do setor.

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