A Copa do Mundo começou! Para o Brasil, a estreia na competição é na tarde do próximo domingo, 17, que, nesta primeira partida das três em fase de grupos, somente esta é em dia não útil, pois as outras duas são em dias úteis e em horário comercial.
Quando o evento se aproxima, os funcionários começam a questionar o que a empresa vai promover nos dias de jogos do Brasil. Folga, liberação mais cedo, entrada mais tarde ou até mesmo pausa no trabalho no horário do jogo para assistir aos jogos? Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL, 28% das empresas vão liberar os funcionários durante as partidas dos jogos do Brasil. Por outro lado, 24% afirmam que os funcionários devem trabalhar normalmente durante as partidas, e 17% pretendem montar um espaço para que os colaboradores assistam aos jogos dentro da organização.
Neste momento é preciso muito cuidado e bom senso das partes, empregador e empregado, para que não ocorra problemas, como diminuição da produtividade durante os jogos. Para a professora Lurdinha Machado, coach especialista em recursos humanos, liderança e PNL, é preciso “promover um ambiente, em que as pessoas possam sentir a emoção, e de um certo modo, exercer a brasilidade, pois futebol é uma atividade que o brasileiro faz bem feito e é elogiado por isto!”.
HR Tech: tecnologia a serviço do RH no engajamento
As organizações têm como grande aliada a tecnologia, que com as HR Techs (RH tecnológico), é possível promover ações dentro do ambiente de trabalho. “Hoje a tecnologia está cada vez mais presente em várias áreas da nossa vida, e é uma ferramenta importante para nos ajudar a resolver problemas, desde pedir um taxi, até nos relacionar com o nosso banco. A área de RH demorou para adotar tecnologia em seus processos, e o objetivo das HRTechs é utilizar a tecnologia para resolver problemas relacionados às áreas de recursos humanos, diz Kleber Piedade, CEO da Matchbox Brasil.
A implantação da tecnologia na área de RH traz, também, redução de custos e de tempo, otimizando tarefas que antes – ou ainda tomam – tempo dos profissionais, impedindo-os de agir com mais estratégia na organização. Para Kleber, com este processo inserido nas atividades dos times de recursos humanos, a área ganha mais tempo para uma atuação mais humana e mais estratégica nas empresas. A questão é que o RH precisa o quanto antes dar mais atenção e se preparar para as mudanças provocadas pela nova revolução industrial.
Gamificação
Tendência em educação corporativa, a gamificação é um exemplo de ação neste momento de Copa do Mundo, que ajudará o RH a manter a produtividade sem perder o foco. Como? Vai depender da criatividade, das ideias e cultura de cada setor, de cada empresa. A gamificação traz elementos e princípios de um jogo, promovendo uma interatividade dinâmica com direito a prêmios, com o objetivo de alcançar o melhor das equipes.
Em muitos casos, o custo para se desenvolver ferramentas para esta estratégia é baixo, o que muitas organizações ainda não acreditam. E, por isso, não imaginam a eficácia da tecnologia no dia a dia do RH e nos resultados finais. “O custo para desenvolver algo disruptivo é muito mais baixo do que em outros momentos e a próxima empresa inovadora pode estar sendo criada hoje”, afirma Kleber.
A Matchbox Brasil, por exemplo, está entre as empresas que vão adotar não somente horários flexíveis para que os colaboradores assistam aos jogos, mas também ações que promovam estímulos neste período. “Nos dias de jogo do Brasil, contaremos com horários flexíveis para os colaboradores. Além disso, em um dos jogos, promoveremos um evento para ver o jogo e gerar integração entre o time”, conta Kleber.
O perfil do profissional mudou. Diante disso, empresas precisam se adaptar para receber este novo talento e conquistar a confiança dele e daquele que já o tem em seu quadro de funcionários. Fortalecer a marca empregadora é um caminho, e as estratégias para que isso aconteça são diversas, como as que proporcionam aos colaboradores este momento de descontração, no período de Copa do Mundo. Segundo Kleber, da Matchbox Brasil, “eles (os profissionais) têm outras prioridades, não desejam ter carro e valorizam muito as experiências e a conexão com propósito. Por conta disso, a organizações estão tendo que se adaptar, para oferecer desafios e oportunidades para esses talentos que estão chegando”.