Diversidade

Diversidade, equidade e inclusão na Vale: a riqueza está nas pessoas

Na busca por um futuro mais sustentável e inclusivo, a Vale quer fazer história apostando na potência da diversidade

de Priscila Perez em 20 de outubro de 2023
Haline Paiva. Foto: Reprodução/Miguel Santos/Vale

Muita coisa mudou desde o primeiro minério extraído na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Em 80 anos de atuação no mercado global, a Companhia Vale do Rio Doce não só adotou uma nova identidade, a Vale S.A, como também fez história ao se tornar a maior produtora de minério de ferro e níquel do mundo. Assim sendo, não é por acaso que sua jornada se confunde com o desenvolvimento da mineração no Brasil: ao buscar um horizonte mais sustentável, a empresa se transformou em um verdadeiro celeiro de inovações.

A Vale de hoje está sempre de olho no amanhã, aperfeiçoando continuamente seus processos de extração, produção e logística, mas não só isso. Inovação tem tudo a ver com gente – e quanto mais variadas forem as perspectivas e experiências das pessoas, mais ricas e criativas serão as ideias que impulsionam seus negócios. É o que aponta Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale. “Vemos a pluralidade de perspectivas e opiniões como algo estratégico para nos tornarmos uma empresa ainda mais inovadora, segura e com empregados engajados”, resume a executiva.

Fernanda Castanheira é gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale.
Fernanda Castanheira da Vale

Como uma das principais forças do mercado global, a mineradora está comprometida em influenciar positivamente o setor para transformá-lo em um ecossistema que celebra e valoriza a diversidade. Como Fernanda bem destaca, o empenho da Vale é no sentido de promover um ambiente de respeito, com oportunidades equânimes de desenvolvimento, onde as pessoas podem ser elas mesmas.

Marca empregadora forte

Muitos desses esforços já estão em andamento e reforçam a posição da empresa como uma marca empregadora de destaque. Neste ano, o compromisso com a diversidade, equidade e inclusão catapultou a Vale do quinto para o segundo lugar no ranking das organizações mais desejadas para se trabalhar no Brasil, segundo a avaliação de estudantes e trabalhadores de todo o país. O dado faz parte da pesquisa Carreira dos Sonhos, da Cia. de Talentos, que ouviu mais de 90 mil profissionais para eleger as dez melhores empresas do país.

Não à toa, ao conectar o propósito do negócio ao bem-estar das pessoas, a Vale passou a ser reconhecida como uma empresa que valoriza seus colaboradores, tornando-se assim uma escolha atrativa para novos talentos. Nos dias de hoje, os profissionais que estão no mercado de trabalho buscam oportunidades de desenvolvimento de carreira e um ambiente inclusivo e inovador, algo que a Vale tem se empenhado a construir. Além disso, as empresas que geram impactos positivos no planeta tendem a ser mais valorizadas não apenas por seus colaboradores e clientes, mas também pela sociedade como um todo.

André Santos é diretor do Centro de Expertise de Pessoas da empresa
André Santos. Foto: José Palma

Nas palavras de André Santos, diretor do Centro de Expertise de Pessoas da empresa, na Vale, as pessoas colaboradoras estão no centro de toda a estratégia da organização. Segundo ele, o avanço nessa jornada por mais diversidade, equidade e inclusão se apoia em fundamentos como aprendizado contínuo e diálogo aberto e transparente. “O propósito da Vale de melhorar a vida e transformar o futuro está conectado ao propósito dos melhores talentos”, crava. Para André, a sustentabilidade, o bem-estar e a inovação são atrativos que contribuem para que ela seja vista como uma empresa que prioriza as pessoas.

Diversidade e inclusão na Vale

Apesar dos bons resultados, promover uma mudança cultural em uma empresa com oito décadas de história, dentro de um setor notadamente tradicional, demanda esforços consistentes a favor da inclusão. Nesse contexto, a gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale, Fernanda Castanheira, considera como parte essencial do processo o desenvolvimento dos talentos e da consciência das pessoas.

No âmbito profissional, a empresa conta atualmente com várias iniciativas que buscam dar protagonismo e impulsionar o crescimento de grupos minorizados. Já na questão cultural, o objetivo é fundamentá-la com “respeito, acolhimento e responsabilização”, como bem sublinha Fernanda. Nesse sentido, são realizados debates, campanhas e treinamentos com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a força de trabalho a respeito da importância de se construir um ambiente de trabalho saudável. “O respeito a todas as pessoas é um elemento central da nossa transformação cultural”, afirma a executiva.

Governança corporativa
Foto: Reprodução/Ricardo Teles/Vale

Mudança de mentalidade e atitude

Contudo, para que a diversidade se torne um princípio intrínseco à cultura, é fundamental que seja constantemente posta em prática, sobretudo pelas lideranças. Como porta-vozes eficazes da empresa, elas precisam ter consciência do papel que desempenham no contexto corporativo. Segundo Fernanda, com diálogo e capacitação, os líderes adquirem novas percepções em relação à gestão de pessoas e passam a combater de forma mais consistente todos os tipos discriminação.

Nesse sentido, quando a cultura inspira mudanças, tanto de mentalidade quanto de atitude, torna-se mais fácil estabelecer metas que façam a diferença no futuro, como as traçadas pela Vale. Mas é importante destacar, como bem cita Fernanda, que “disseminar o valor da diversidade e construir um ambiente seguro e inclusivo são desafios permanentes que demandam esforços contínuos”.

Em qualquer que seja a organização, transformar intenção em ação é sempre desafiador. Consciente disso, a Vale tem adotado processos inclusivos de seleção para garantir que a diversidade seja mais do que apenas um discurso, mas sim um compromisso. O recrutamento inclusivo é direcionado a mulheres, negros ou pessoas com deficiência, ampliando assim a representatividade desses grupos na empresa. “Acreditamos que, dessa forma, quebramos barreiras e reconhecemos a verdadeira potência das pessoas”, enfatiza Fernanda.

No caso das consultorias que prestam serviços à empresa, um critério importante passou a validar os processos de recrutamento: ao menos 50% da lista final de candidatos deve ser preenchida com os diferentes perfis que representam a diversidade da sociedade brasileira.

Diversdade e inclusão na Vale
Foto: Reprodução/Vale

Mulheres na mineração

No que diz respeito à representatividade feminina na mineração, dados do movimento Women In Mining Brasil (WIMBrasil) revelam que apenas 15% da força de trabalho na área é composta por mulheres. Com o objetivo de mudar essa realidade, a Vale se comprometeu a abrir mais espaço a elas em suas operações: até 2025, a meta é dobrar a representação feminina de 13% para 26% na empresa. De 2019 para cá, já houve um progresso significativo, com as mulheres representando 22,1% de seus colaboradores. Além disso, elas também estão mais presentes nos cargos de liderança sênior, passando de 12,4% para 22,6% nesse período. “São cerca de cinco mil mulheres a mais desde 2019, quando a meta foi divulgada”, complementa Fernanda.

Diversdade e inclusão na Vale: mulheres
Foto: Reprodução/Vale

Entretanto, por mais impressionantes que essas metas sejam, a atuação da Vale vai muito além dos números. A empresa, no papel de “agente de transformação”, tem impactado positivamente as comunidades onde opera, capacitando e empoderando o público feminino por meio do compartilhamento de conhecimento.

Como bem observa Fernanda, essa interação é fundamental para que essas mulheres “possam se desenvolver e alavancar suas carreiras”. Entre as diversas iniciativas inclusivas realizadas pela Vale, destacam-se os programas de Aceleração de Carreira para Mulheres Negras, com foco em mentorias e oficinas, e de Formação Profissional direcionado para mulheres e pessoas com deficiência.

Compromisso com a equidade étnico-racial

Além de seu compromisso com a equidade de gênero, a mineradora multinacional também estabeleceu um importante objetivo no que diz respeito à equidade étnico-racial. Até 2026 a meta é garantir que 40% das posições de liderança no Brasil sejam ocupadas por líderes negros. Os avanços nessa direção também já são significativos: em 2022, a Vale encerrou o ano com 32,1% desses cargos assumidos por pessoas negras. Na contramão disso, o mercado de trabalho brasileiro ainda oferece pouco espaço para as lideranças negras. De acordo com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, líderes negros representam menos de 30% dos cargos gerenciais em todo o país.

Diversdade e inclusão na Vale: pessoas negras

Em consonância com expansão de oportunidades em cargos estratégicos, a empresa lançou um manifesto antirracista e implementou uma série de iniciativas com o objetivo de fomentar um ambiente inclusivo e diverso. Só no ano passado, foram introduzidas ações afirmativas voltadas para o desenvolvimento de talentos negros, práticas de recrutamento inclusivo, medidas de combate ao assédio sexual (por meio do programa Reagir), programas de desenvolvimento em letramento racial e a criação de grupos de afinidade.

Enfrentamento ao racismo

Ainda com o objetivo de promover uma transformação positiva não apenas em seu quadro de colaboradores, mas também na sociedade, a Vale tem estabelecido parcerias com outras empresas comprometidas com o enfrentamento ao racismo. Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da mineradora, cita como exemplos o Movimento pela Equidade Racial (MOVER), do qual participam 50 empresas com o objetivo de gerar dez mil novas posições de liderança para pessoas negras; e o programa Carreiras Com Futuro, centrado no desenvolvimento de carreira de profissionais negros em todos os níveis de uma organização.

Foto: Reprodução/Vale

Além desses compromissos inspiradores, Fernanda destaca que a Vale também aderiu no ano passado ao Pacto de Promoção da Equidade Racial, uma iniciativa valiosa que reúne empresas e organizações ligadas ao movimento negro com o objetivo de implementar no país um Protocolo ESG. Na prática, isso significa adotar não só ações afirmativas, mas também investir na formação de profissionais negros e na melhoria da qualidade da educação pública. O objetivo é claro: a formação de mão de obra qualificada e, por consequência, maior integração no mercado de trabalho. “Dessa forma, trazemos a questão racial para o centro do debate econômico e atraímos a atenção de grandes empresas”, complementa.

Respeito às diferenças na Vale

Diversdade, inclusão e acesibilidade
Foto: Reprodução/Vale

O respeito às diferenças individuais também se manifesta na promoção de oportunidades para profissionais com deficiência, que hoje representam 5,4% da força de trabalho da Vale. São 2.700 colaboradores atuando nas mais diversas funções, dentro de um ambiente inclusivo e acessível, onde o capacitismo não tem vez. “Trabalhamos para proporcionar uma estrutura de trabalho inclusiva e acessível, onde as pessoas com deficiência possam entregar todo o seu potencial”, afirma Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale.

No campo da acessibilidade, um dos destaques da Vale é o Programa Autônomos, que desde 2014 tem criado novas oportunidades de desenvolvimento e crescimento de carreira para o público PCD. Por meio de equipamentos não tripulados e que podem ser operados remotamente, a iniciativa torna possível que pessoas com deficiência desempenhem funções que antes poderiam parecer inviáveis.

Jornada pela inclusão

Esse é o caso da colaboradora Bruna Marina Adriano Pinto, que trabalha na mina Brucutu, em Minas Gerais, operando uma das perfuratrizes autônomas do projeto a partir de uma cabine. Com uma condição de cegueira em um dos olhos, ela não poderia operar o maquinário manualmente devido à sua baixa visão. No entanto, graças ao Programa Autônomos, ela é capaz de realizar todas as tarefas com segurança.

Na foto, a colaboradora Bruna Marina Pinto, operadora de mina do sistema autônomo de Brucutu.
Programa Autônomos. Foto: Reprodução/Leo Lopes/Vale

Com o objetivo de promover uma experiência de trabalho equânime, a Vale também investe em programas de formação exclusivos para profissionais com deficiência, trilhas de aprendizado e disponibilização de material informativo para líderes e empregados. “Essas são algumas das iniciativas que têm dado suporte nessa jornada de construir um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo”, celebra a gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale, Fernanda Castanheira. A busca por um futuro mais próspero começa agora: ao acreditar na potência das pessoas, a Vale está comprometida em transformar o planeta.


Diversidade e inclusão: informações relevantes

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