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Ecossistema da saúde nas empresas

A partir da relação próxima e humana entre operadora de saúde e a empresa-cliente, conhecendo as necessidades e especificidades de cada companhia e de seus colaboradores, chega-se ao modelo assistencial adequado para cada realidade

de Fabio Daher em 8 de novembro de 2023
Rawpixel.com, via Freepik

Nos últimos anos, a dinâmica do trabalho vem passando por muitas transformações. Fenômenos mundiais como o “quiet quitting” – ou a demissão silenciosa, comportamento no ambiente corporativo em que o empregado repensa o papel do trabalho em sua vida e se propõe a fazer o mínimo necessário em sua função – reforçam que nem mesmo o atrativo da remuneração é capaz de reter e motivar talentos. Todo esse movimento é reflexo da valorização do bem-estar pelos profissionais. Contudo, outros fatores, como cultura organizacional e segurança no trabalho, podem estar relacionados. O ecossistema da saúde corporativa é composto de muitas variáveis.

Para 49% dos mais de 5 mil respondentes da pesquisa The Great Realization: panorama do mundo do trabalho 2022, do ManpowerGroup, realizado em cinco países, o bem-estar é tão importante que mudariam de organização para conseguirem. Não por acaso, 3 em cada 10 entrevistados querem mais tempo para cuidar da saúde mental, evitando assim um possível quadro de burnout. Os dados reforçam a preocupação atual na busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para as empresas, focar na saúde e na qualidade de vida dos colaboradores é o caminho capaz de motivar a permanência funcionários e reter talentos.

Vivemos em uma sociedade cada vez mais hiperinformada, que exige a habilidade de atuar simultaneamente em várias tarefas, e este cenário se reflete no universo das organizações. Em ambientes corporativos, com diversos prazos, metas e cobranças, há o desafio de equilibrar a saúde organizacional e a do colaborador. Proteger a saúde dos parceiros deixou de ser um incentivo e passou a ser uma prioridade para o bem-estar coletivo.

E todos são beneficiados com a implantação de iniciativas de autocuidado e prevenção. De acordo com Índice de Saúde Organizacional, desenvolvido pela McKinsey nos últimos dez anos, monitorando a saúde de mais de 1.500 empresas em 100 países, 80% das companhias que tomaram ações concretas de investimento em saúde observaram uma melhora de desempenho. O levantamento atesta a conexão direta entre o bem-estar do funcionário e o da corporação.

Administrar tais variáveis em prol do bem-estar do quadro funcional é uma das principais diretrizes das melhores práticas de saúde organizacional. Para tal, é fundamental poder contar com parceiros experientes e capacitados, que possam auxiliar a empresa quando o assunto é a saúde do colaborador. Neste contexto, o plano de saúde é um “ativo” cada vez mais estratégico para as organizações.

A partir da relação próxima e humana entre operadora e a empresa-cliente, conhecendo as necessidades e especificidades de cada companhia e de seus colaboradores, chega-se ao modelo assistencial adequado para cada realidade. Com um ambiente acolhedor, de estímulo ao bem-estar, à prevenção de doenças e à motivação do colaborador, as empresas tornam-se ainda mais produtivas, com impactos significativos em seus resultados e na sua longevidade.

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Fabio Daher

Diretor da Mediservice e da Bradesco Saúde