Com um aumento de mais de 500% na busca pelo termo no Google, o tema Employer Branding se tornou uma realidade estratégica nas companhias e também caiu no gosto de profissionais, cada vez mais em busca de vagas na área. Cadeiras de Employer Branding nas empresas e também oportunidades de aperfeiçoamento teórico e prático têm surgido no meio acadêmico.
Contudo, “o mercado ainda continua bastante imaturo”, entende Suzie Clavery, Gerente Sênior e Marca Empregadora, Experiência de Pessoas e Comunicação Interna no UnitedHealth Group e co-fundadora da Employer Branding Brasil. Citando dados desta última entidade, a executiva justifica sua visão:
Quando questionada sobre quais caminhos imagina para que as empresas sigam com uma trajetória positiva em seu Employer Branding, três termos vêm à mente da executiva: “coragem, verdade e valorização”. “Coragem porque uma estratégia de Employer Branding olha primeiro para dentro e é preciso empresas corajosas para enxergar e analisar seus pontos fortes e fracos com maturidade”, explica.
E continua: “Verdade porque também nesse processo é necessário deixar de lado a necessidade de perfeição. Não há empresa perfeita e precisamos lidar com isso. Mais importante do que a busca pela perfeição impossível é assumir o que faz de bom e aquilo que não faz tão bem, mas está disposto a ser melhor nessa jornada. Talentos não buscam empresas perfeitas, mas buscam empresas que sejam verdadeiras e estejam de acordo com seus valores e aspirações, entendendo que sempre há possibilidade de melhoria de ambos os lados: empresas e talentos”.
Por último, mas não menos importante, “é necessário valorizar a estratégia e os profissionais que trabalham com ela. Não adianta colocar uma pessoa para trabalhar diversas atividades e também Employer Branding. A maioria das vagas com escopo de Employer Branding que vemos no Linkedin e em portais de carreira não contempla somente a função de gestão de marca empregadora e trazem descrições confusas e escopo de trabalho dividido com outras atividades como recrutamento, seleção, recursos humanos em geral, inclusão & diversidade, comunicação interna e outras”.
Suzie ressalta que o acúmulo de atividades pode até ajudar as pessoas a aumentar o valor do seu passe na hora de aceitar uma oferta de emprego, mas realmente não contribui com a empresa que quer fazer uma estratégia séria e dedicada de marca empregadora.
“Se uma companhia aérea contrata um piloto de avião, ele vai pilotar o avião e não servir o lanche às pessoas passageiras ou limpar os banheiros. Para cada função existe uma pessoa profissional responsável e especializada no assunto. Por que com Employer Branding deveria ser diferente? As empresas precisam entender que a gestão de marca empregadora dá trabalho e precisa de atenção dedicada e exclusiva para funcionar”. Para a executiva, valorizar a estratégia e as pessoas que trabalham com ela, é valorizar também os resultados que elas trarão em médio e longo prazo.
Employer Branding no CONARH
“Colocar o tema em um fórum da importância do CONARH é, sem dúvida, um enorme avanço para que a estratégia seja vista como realmente importante na gestão de pessoas e consistente na sua forma de atuação nas empresas, sendo realmente impulsionadora dos resultados de negócios”, comenta Suzie Clavery.
A executiva debaterá o tema com os executivos Guilherme Roque (Employer Branding da Riachuelo) e Felipe Calbucci (Country Manager do Indeed) no 49° CONARH, neste mês de agosto. “Vamos debater o cenário atual do Employer Branding no Brasil, como convencer a liderança dessa estratégia, desafios desse processo e resultados possíveis, como começar a trabalhar a gestão de merca empregadora, o perfil das pessoas profissionais para atuar nessa temática e etc.”
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O 49° CONARH ou CONARH 2023 é organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e um dos principais encontros do setor, previsto para a ppróxima semana de agosto.
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Um oferecimento de: