BlogaRH

Equidade e representatividade demandam lideranças corajosas

Para Eliane Pereira, da Takeda Brasil, equidade só se constrói com prática diária e liderança disposta a transformar a cultura da empresa

de Eliane Pereira em 12 de junho de 2025
Foto: Reprodução/Freepik

Muito se fala sobre equidade no ambiente corporativo, mas ainda é a prática que marca a diferença. Nesse contexto, o papel das lideranças é decisivo. São elas que moldam a cultura das organizações, influenciam decisões estratégicas e criam as condições para que um ambiente igualitário aconteça de fato e não fique limitado à teoria.

Ao longo da minha trajetória, aprendi que promover a equidade de oportunidades para todas as pessoas exige ação intencional. Isso passa por rever políticas internas, combater vieses inconscientes, abrir espaço para conversas difíceis e, acima de tudo, ouvir. Criar ambientes seguros e inclusivos não é um favor, mas sim um dever de qualquer empresa que se proponha a ser ética, inovadora e sustentável.

Eliane Pereira, Diretora Executiva de RH da Takeda Brasil

Lideranças em foco: compromisso que sustenta o avanço

Na Takeda, 52,9% do quadro de colaboradores é composto por mulheres, e elas ocupam 50,5% das posições de liderança. Também temos 23% do nosso quadro formado por profissionais 50+. Esses números mostram que é possível progredir quando há compromisso genuíno com a transformação. A adoção de práticas como licença-maternidade estendida, auxílio para equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e programas de desenvolvimento com foco em equidade têm sido fundamentais para sustentar esse avanço na empresa.

Outro passo importante foi a conquista recente da Certificação EDGE Lead e EDGEPlus®, reconhecimento internacional que avalia critérios no ambiente de trabalho, como equidade salarial, representatividade, políticas de trabalho flexível e inclusão em diversas dimensões, como etnia, idade, orientação sexual e habilidades físicas e mentais. Essa certificação reforça a importância de medir, com critérios objetivos, o quanto as práticas de diversidade, justiça e inclusão estão, de fato, enraizadas e sendo executadas na cultura organizacional.

Equidade como prática e motor de inovação

Mas a equidade vai além dos benefícios e reconhecimentos. Ela precisa estar presente na maneira como identificamos talentos, construímos oportunidades e promovemos o crescimento profissional. Significa garantir que todas as pessoas — de diferentes origens, vivências e identidades — tenham acesso real aos mesmos espaços de decisão e influência, além de remuneração justa e condições igualitárias para se desenvolver.

Defendo que a equidade não é apenas uma questão de justiça social. É também um motor de inovação, criatividade e desempenho. Empresas diversas refletem melhor a sociedade em que estão inseridas e se tornam mais preparadas para os desafios do futuro. Para isso, cabe às lideranças o papel essencial de transformar a cultura organizacional por meio de decisões intencionais e justas, assegurando que todos tenham acesso igualitário a oportunidades, reconhecimento e remuneração.

Promover um ambiente onde todos possam prosperar é um compromisso de quem compreende que liderar é também contribuir para um mundo melhor. O futuro exige coragem, e cada líder precisa decidir de que lado da história quer estar.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail


Eliane Pereira

Eliane Pereira é Diretora Executiva de Recursos Humanos da Takeda Brasil