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Evento discute impacto do burnout nas empresas

Painel do 2º Fórum Melhor RH Confiança abordou o uso de ferramentas digitais para melhorar índices de saúde física e mental dos colaboradores

de Redação em 25 de março de 2022
Kjpargeter/ Freepik.com


Painel do 2º Fórum Melhor RH Confiança, realizado neste mês de março pela Plataforma Melhor RH, tratou sobre a Síndrome de Burnout e de como as ferramentas digitais podem auxiliar colaboradores e organizações a melhorar índices de saúde física e mental e prevenir o problema. Evento contou com a presença de Vera Bejatto, CEO do Avatar da Saúde, Cassio Lisboa, CTO do Avatar da Saúde, e Katya Figueira, Diretora Médica do Grupo Biomed e Grupo B4 Soluções.

Após investigar as condições em que normalmente ocorre a síndrome – um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, também com implicações na saúde física – , a Organização Mundial de Saúde (OMS) revisou o tratamento dado ao tema em suas classificações diagnósticas,
considerando-o uma ocorrência ligada à saúde ocupacional. No Brasil, problema já era uma realidade no mundo corporativo, observando-se um aumento no número de benefícios emitidos em razão de afastamentos por Burnout, que superou os 100% de casos, nos últimos quatro anos (dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho).

Vera, do Avatar da Saúde, mencionou os impactos humanos, administrativos e até jurídicos dessa nova classificação nas empresas, chamando os demais painelistas à discussão sobre eles. Também ressaltou que a prevenção do problema e atendimento às demandas de saúde do colaborador, em geral, devem observar as dinâmicas impostas pelos novos modelos de trabalho.

A pandemia, quando impôs o home office, já havia gerado uma sobrecarga entre os profissionais, com mais horas de trabalho, a lida com questões familiares e domésticas concomitantemente ao expediente e, mesmo, o temor gerado pela Covid-19, lembrou a executiva. “Com a consolidação do trabalho remoto e do trabalho híbrido, a preocupação é não sobrecarregar ainda mais o colaborador”, entende Vera, considerando uma gestão corporativa da saúde que tenha no radar os novos modelos e o uso de tecnologia para melhorar os índices de saúde e bem-estar corporativos.

Olhar holístico

Para a médica Katya, com a pandemia o tema da saúde ficou ainda mais estratégico para as empresas, e a necessidade de uma visão holística do colaborador, ainda mais evidente. “Temos de olhar para o colaborador como alguém que tem uma história, uma família e todas as outras atividades que ele tem”, destaca. O bem-estar integral do profissional impacta diretamente as organizações e “o Burnout é um sinalizador do quanto a saúde integral – biopsicossocial e espiritual – impacta as companhias” entende a especialista. Afinal, “uma empresa é um organismo vivo”, lembra.

Segundo Katya, é preciso antecipar-se ao problema. “Não importa o nome que você vai dar a ele, importa você olhar para cada pessoa antes que ela desenvolva a doença”, afirma, entendendo que a classificação do Burnout como ocorrência de saúde ocupacional não traz novidades frente ao caráter preventivo que as ações que visem à saúde e ao bem-estar dos funcionários de uma organização sempre devem ter.


Vera, Katya e Lisboa: visão integral do colaborador, novos modelos de trabalho e o auxílio da tecnologia no radar dos Recursos Humanos


Antecipação e autoconhecimento

Antecipar-se às questões negativas na saúde corporativa, para Lisboa, do Avatar da Saúde, significa estar atento aos colaboradores mais propensos a elas. “Um primeiro passo para que a empresa possa atuar de forma preditiva é identificar as pessoas com o maior risco de desenvolver o problema”, destaca, referindo-se ao Burnout. E lembra que o aplicativo Avatar da Saúde permite fazer isso de uma forma escalável, não somente em relação aos riscos de saúde mental, mas de saúde como um todo.

“Há ferramentas específicas de assessment para identificar aqueles que passam por alguma questão emocional”, explica o executivo. O app consegue identificar níveis de stress, ansiedade e depressão, o que permite encaminhar os colaboradores para os atendimentos disponibilizados pela empresa (EAP – Employee Assistance Program – , acompanhamento ambulatorial ou teleconsulta), descreve. O aplicativo também envia informações sobre como buscar ajuda.

Nesse ponto, Lisboa compreende a mudança de comportamento que o uso do app impõe: levar o colaborador a olhar para si, perceber-se, a refletir sobre seu estado emocional e físico, informar-se, aceitar apoio. “Muitas vezes o profissional está tão envolvido em seu dia a dia que não consegue identificar que tem algum problema”, destaca.

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