Por Vanessa Montagnoli, coordenadora de RH da F. Iniciativas
O que antes era considerado banal tornou-se elemento essencial para traçar estratégias consistentes e alcançar metas em uma organização. A pesquisa sobre o Panorama de RH no Brasil 2018, elaborada pela plataforma Qulture.Rocks, realizada online com quase 2 mil profissionais de instituições de diversos setores, revela que 61% dos respondentes acreditam que o RH participa ativamente das decisões estratégicas dentro de uma empresa.
A política de recursos humanos (RH) é importante para orientar e engajar colaboradores para que estes atuem de forma alinhada aos reais objetivos da organização. Por isso, é altamente recomendável estabelecer condutas para a rotina organizacional dos funcionários auxiliando-os no cumprimento de seus objetivos e no aprimoramento de seu desenvolvimento profissional.
É neste contexto que a política de RH pode gerar valor e proporcionar resultados importantes para os negócios. Por isso, gostaria de compartilhar as minhas impressões a respeito de uma gestão estratégica de recursos humanos.
Desafios
A área de RH apresenta vários desafios, entre eles o principal é entender a real necessidade da empresa e valorizar a necessidade do capital humano, que nada mais é do que um conjunto de atributos conquistados pelos funcionários por meio da educação e experiência. Deste modo, ações como incentivar o protagonismo dos colaboradores e praticar os valores e competências de uma organização podem ajudar a promover o autoconhecimento de cada membro da equipe.
Estimular entre os funcionários o sentimento “ownership”, para que assumam suas responsabilidades como se fossem os donos da empresa, agindo com proatividade, fidelidade, flexibilidade para alcançar os objetivos da organização. Para que isto ocorra, é necessário que os gestores de RH estejam presentes em parceria com os demais setores da empresa e que seus “heads”, participem de reuniões de planejamento e alinhamento, para que, assim, todos se apoiem. Esta proximidade auxilia os gestores nas tomadas de decisões e também na gestão estratégica de recursos humanos.
Políticas para gestão estratégica de recursos humanos
Para começar a planejar uma política de RH dentro de uma corporação primeiramente é necessário desenvolver um plano estratégico que possa servir como guia para a elaboração de ações da empresa, com enfoque em suas principais metas e objetivos. Em seguida, é primordial estabelecer procedimentos que sejam padrões de contratação e que definam os critérios que serão considerados no recrutamento e seleção de profissionais. Para isto, é importante implantar processos de Avaliação de Desempenho, focados em metas SMARTS – ferramenta que auxilia de maneira objetiva a estabelecer metas e competências.
Após a contratação, os colaboradores devem participar de atividades que gerem capacitação e desenvolvimento, para que eles fiquem alinhados às políticas da empresa. Além disso, é importante avaliar a atuação dos funcionários e sempre oferecer a eles feedbacks. Pesquisas como a de clima organizacional, podem auxiliar na hora de aumentar a motivação e o comprometimento dos funcionários. Este tipo de pesquisa pode funcionar como um guia com informações muito relevantes sobre a percepção dos colaboradores, como o grau de satisfação, para detectar quais são as falhas da empresa e tentar solucioná-las.
Engajar Funcionários
Todas as políticas e práticas que são implantadas nas empresas podem refletir diretamente no crescimento da organização. Manter os funcionários engajados é um dos principais aspectos para garantir bons resultados. Para isto, vale a pena investir em desenvolvimento humano organizacional, remuneração justa, benefícios, automatização de processos e confraternizações para impulsionar os resultados no trabalho e a motivação dos colaboradores.
Um dos grandes diferenciais que uma empresa pode ter é seu capital humano, uma equipe envolvida e que acredita no projeto. Ademais, é sempre bom ter em mente que a gestão estratégica de recursos humanos é responsável por apoiar todos com relação aos seus direitos e deveres e, sobretudo, evidenciar as principais expectativas da empresa.