ESG

Guia antidiscriminatório analisa casos de preconceito em organizações brasileiras

Além dos casos de racismo, o livro aborda assuntos como homofobia, LGBTfobia, transfobia, machismo, racismo, capacitismo e etarismo

O Brasil avança, mas a passos que poderiam ser mais largos, no âmbito de sua políticas sociais, ambientais e de governança das empresas (ESG). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento de 2022, mulheres recebem remuneração cerca de 20% menor do que os homens. Se forem negras, a diferença é de 46% para baixo, em relação ao salário de homens brancos. Pessoas negras, em geral, ganham 40% menos que pessoas brancas. A falta de equidade e o preconceito se instalam, ainda, na base salarial, transferindo-se a (ou refletindo) outras esferas corporativas e sociais – racismo ainda é a discriminação mais comum, segundo 75% das companhias abordadas em estudo da consultoria CEGOS.

Nesse sentido, a nova obra Compliance Antidiscriminatório (Thomson Reuters), dos autores Fabiano Machado da Rosa e Luana Pereira da Costa, promove o fim desse tipo de prática nas organizações, no que diz respeito à relação com os colaboradores, clientes, sociedade em geral.

O livro traz 14 casos de discriminação com grande repercussão midiática ou com decisão judicial com trânsito em julgado. “Temos casos de empresas que entenderam o recado e que estão buscando prevenir e promover ambientes livres de discriminação internamente e nas suas formas de se comunicar com clientes, por exemplo”, explica a autora e advogada, Luana.

Além dos casos de racismo, o livro aborda assuntos como homofobia, LGBTfobia, transfobia, machismo, capacitismo e etarismo em seus “cases”.  Foram explorados os prejuízos financeiros e de reputação que as práticas discriminatórias podem causar às empresas, e encaminhamentos dados para prevenir e superar tais comportamentos.

A abordagem funciona como um guia para a construção de ambientes mais diversos e igualitários. Iniciando-se pela forma de se comunicar com todos os stakeholders até políticas de gestão para o estabelecimento de uma cultura mais gentil e inclusiva.

“Este é o lado positivo da diversidade e da inclusão: geração de times mais competitivos, engajados, inovadores, com uma cultura interna não violenta, com maior produtividade e, como apontam muitos estudos modernos da área de gestão de empresas, mais lucrativos”, lembra Rosa.

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