No mês de maio, a paralisação dos caminhoneiros trouxe algumas reflexões sobre as possibilidades de trabalho, e em como a tecnologia pode ser aliada da empresa e funcionário em casos de greve. Sabendo da dificuldade dos trabalhadores no acesso ao transporte público, por exemplo, muitas empresas adotaram como alternativa o home office, isto é, o trabalho diretamente de casa. Assim, evitaram prejuízos financeiros ao parar as atividades na ausência dos seus funcionários.
Mas, isso só é possível graças à tecnologia e, nesse caso, a cloud computing ou computação em nuvem é uma importante aliada. O serviço permite que qualquer documento, e-mail ou software, desde que hospedado na nuvem, seja acessado de qualquer lugar ou dispositivo com conexão à internet.
Como base nisso, temos duas importantes rupturas nos modelos tradicionais de trabalho: o home office e a tecnologia do cloud computing, permitindo que este funcionário, de casa, consiga trabalhar normalmente, acessando documentos como se estivesse no escritório.
A prática do home office tem sido adotada por muitas empresas, que estão se adaptando à nova realidade e a nova geração de profissionais. Para isso, as corporações estão se adequando e realizando a migração dos seus servidores para a nuvem, pois assim seus profissionais conseguem executar suas atividades de casa, acessando arquivos importantes.
Além da principal utilidade que a computação em nuvem fornece, em acessar, facilmente, documentos de qualquer local e dispositivo com internet, há também benefícios ambientais: a nuvem permite economia de espaço físico, energia elétrica e equipamentos, sendo mais sustentável do que a construção e manutenção de um parque de TI local. Isso sem contar com a segurança da informação, um fator considerável quando falamos de migração para nuvem.
Segundo Pietro Perini, diretor de marketing da Ahgora Sistemas, todos os recursos tecnológicos foram utilizados na empresa para facilitar o dia a dia da durante a greve dos caminhoneiros. ” Isso foi primordialmente facilitado devido o fato de utilizarmos um sistema de gestão de ponto completo e em nuvem”, afirma Perini. A empresa também utilizou uma ferramenta de apontamento de atividades, o Timesheet, que foi desenvolvida internamente e totalmente integrado ao ponto, e que possibilitou aos gestores acompanhar as atividades realizadas pelos times a distância.
Migração para nuvem
A transição dos periféricos de armazenamento de dados ou parque de TI local para serviços de armazenamento na nuvem, ainda ocorre lentamente. Esta mudança faz parte da nova revolução industrial, impacto causado pelo avanço da tecnologia. Mas, para as empresas interessadas em realizar esta migração, é preciso alguns cuidados: escolher um fornecedor de confiança, pois segundo pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), apenas 7% das empresas brasileiras de software podem ser consideradas seguras.
É preciso avaliar também para que tipo de nuvem a empresa irá migrar: pública, privada ou híbrida. Há também que se preparar para a possibilidade de migração de um serviço de nuvem para outro, o que pode significar a mudança de um fornecedor.