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Home office e o status de nova relação de trabalho 

Para as empresas que já tinham adesão ao modelo, transição ficou mais fácil. Para outras, tem sido um verdadeiro desafio

de Redação em 9 de dezembro de 2021
homem trabalhando sentado em sofá, com laptop, materiais e café em mesa de centro/ Crédito: Marymarkevitch/ Freepik Marymarkevitch/ Freepik

Pesquisa recente constatou, entre a população empregada, 38% de adesão sem ressalvas ao home office – e destes, 70% não gostariam de um retorno ao modo presencial. É uma nova realidade que acabou sendo aceita pelas empresas, já que elas puderam comprovar a renovação nos métodos de liderança e o aumento na produtividade dos colaboradores, trazendo mais resultados. A nova modalidade já se desenhava antes do surgimento da pandemia, mas se potencializou quando o formato se tornou a única alternativa. Foram inúmeros desafios enfrentados, mas muitas surpresas, sobretudo positivas, naquelas companhias que já tinham alguma adesão ao trabalho remoto. 

O Fórum Melhor RH Tech abordou o tema no painel “Uma nova forma de viver e trabalhar”, do qual participaram Tatiana Barrocal Porto, Head de People da NTTDATA Brasil; Yuri Doria, Gerente de Gente e de Gestão da Unimed Rio; sob mediação de André Senador, CEO da Perennial Consultoria Comunicação, Imagem e Reputação. A quebra de paradigmas foi o grande fio condutor da discussão.

A perspectiva do cliente

Tatiana Porto analisa que as empresas de tecnologia, segmento em que tem larga experiência, já costumavam fomentar essa flexibilidade. Porém, quando se trata de empresas de consultoria, mesmo nessa área, a prestação de serviço ainda passa pelo entendimento de qual ´´é a demanda, o ponto de vista e a necessidade do cliente sobre o tema.

“Nossa percepção é que muitos clientes também estão quebrando alguns paradigmas. Estamos aprendendo a navegar por esse ambiente. E experimentando os modelos para ver o que se encaixa melhor a cada situação. Se o home office será mantido, se o formato híbrido será adotado. Tudo é uma questão de tempo para alinhar projeções, expectativas e a realidade”, comenta Tatiana. 

Tatiana Barrocal Porto, da NTT DATA Brasil; Yuri Doria, da Unimed Rio e André Senador, da Perennial Consultoria Comunicação Imagem e Reputação: desafios a serem

Rede já estruturada

Já no segmento médico, Yuri Doria conta que o modelo de trabalho remoto já havia sido proposto em um projeto apresentado em 2017 – e negado, pois não tinha nenhuma aceitação, devido à cultura da empresa de que médicos estão na assistência e por isso precisam estar próximos de seus pacientes. Esse era o dia-a-dia, até então.

Quando a pandemia chegou de surpresa, o projeto foi retomado e colocado em prática em menos de uma semana. Fez toda a diferença ter o mapeamento já pronto, com sistemas integrados e processos bem elaborados, pois foi possível alocar todos os colaboradores para atender em casa em tempo recorde, sob números bem robustos. “Estou falando de quase 4 mil pessoas”, relata o executivo.

“Quando o auge da pandemia começou a passar, começamos a ouvir o desejo de nossos parceiros e gestores. Acredito que ouvir os pares é importante para decidir como seguir nesse processo”, completa. Após uma pesquisa feita junto aos colaboradores para entender desejos e expectativas, as devolutivas foram analisadas para melhor tomada de decisão e, atualmente, a Unimed Rio tem 300 colaboradores que participam do modelo híbrido, inclusive em uma nova sede, e os demais continuam em home office. 

O melhor dos dois mundos, sem misturar

“Internamente tem sido uma situação muita inovadora para nós. O que foi muito debatido aqui foi delinear bem cada modelo de trabalho. Não se pode confundir o que é home office e o que é trabalho híbrido. Não é possível transformar uma coisa na outra. Até para otimizar melhor as ações, reuniões, dinâmicas e tudo mais”, alerta Doria.

“O modelo híbrido trouxe o melhor dos dois mundos. Inclusive outras novidades como subir no ranking das melhores empresas para se trabalhar”, informa com orgulho. 

Equilíbrio

As pesquisas são realmente muito importantes e relevantes nesses momentos. Tatiana menciona estudo realizado sobre o Profissional do Futuro, que revelou que o profissional brasileiro é o que mais se interessa em manter o home office, muito em função de qualidade de vida, evitando o deslocamento e pensando na segurança.

Para ela, a promoção da convivência social é muito importante, mas precisa estar alinhada a um propósito e o grande desafio das empresas hoje é buscar a melhor maneira de fomentar a questão na cultura da empresa. “Hoje é essencial aceitar que o olhar precisa ser mais diferenciado. Há o desafio de equilibrar o avanço profissional com a qualidade de vida pessoal. O desenvolvimento de carreira atualmente está atrelado à um propósito”, completa a executiva. 

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