De acordo com a segunda edição do Índice de Relacionamento com o Trabalho (HP Work Relationship Index – WRI), divulgado recentemente pela HP Inc., aprofissionais que adotam ferramentas de IA são 11 pontos percentuais mais felizes na relação com o trabalho. A pesquisa entrevistou 15.600 respondentes em 12 países – 12 mil trabalhadores do conhecimento (mil em cada país); 2,4 mil decisores de TI (200 em cada país); e 1,2 mil líderes de empresas (cem em cada país).
Conduzido pela Edelman Data & Intelligence (DXI) entre 10 de maio e 21 de junho de 2024, o estudo aponta para uma necessidade urgente de adaptação das empresas às demandas de seus colaboradores. Pelo menos dois terços dos trabalhadores expressaram um desejo por experiências de trabalho personalizadas, incluindo espaços de trabalho adaptados, acesso às tecnologias preferidas e ambientes de trabalho flexíveis. Essas experiências s creriamuciais para melhorar as relações com o trabalho e têm implicações positivas tanto para os funcionários quanto para as empresas.
Recortes
Entre trabalhadores do conhecimento, o uso de IA subiu para 66% em 2024, um aumento considerável em relação aos 38% do ano anterior. “A adoção da IA continua transformando a forma como trabalhamos, e seu uso tem crescido globalmente e no Brasil”, afirma Ricardo Kamel, diretor geral da HP Inc. no Brasil. Ele destaca a urgência de oferecer experiências de trabalho personalizadas e o investimento em habilidades interpessoais por parte dos líderes.
Além dos benefícios de bem-estar, 73% dos trabalhadores que utilizam IA afirmam que ela facilita suas atividades, e 60% consideram que a tecnologia é essencial para equilibrar vida profissional e pessoal. Entre os usuários, 68% sentem que a IA proporciona novas oportunidades no trabalho. No entanto, o medo da substituição por IA tem crescido entre os não usuários, com 37% expressando preocupação — um aumento de cinco pontos em relação ao ano passado.
Já sobre a necessidade de personalização das experiências:
- 64% dos trabalhadores do conhecimento dizem que, se o trabalho fosse adaptado ou personalizado para atender às suas necessidades e preferências pessoais, eles estariam mais investidos no crescimento da empresa.
- 69% dos trabalhadores do conhecimento acreditam que isso melhoraria seu bem-estar geral.
- 68% dos trabalhadores do conhecimento afirmaram que isso os incentivaria a permanecer mais tempo com seus empregadores atuais.
Esse desejo por personalização é tão forte que 87% dos trabalhadores do conhecimento estariam dispostos a abrir mão de parte de seu salário para isso. Em média, os trabalhadores estariam dispostos a ceder até 14% de seu salário, com os trabalhadores da Geração Z renunciando até 19%.
Ponto para as mulheres
Em um cenário onde apenas 28% dos trabalhadores sentem empatia consistente de seus líderes, a pesquisa também revela uma preocupante falta de autoconfiança entre os líderes empresariais. Embora mais de 90% reconheçam a importância da empatia, apenas 44% se sentem seguros em suas habilidades interpessoais. Em contraste, as líderes empresariais femininas mostram-se mais confiantes: elas são 10 pontos mais seguras em suas competências técnicas e 13 pontos mais em habilidades humanas do que seus colegas masculinos. Sua confiança em habilidades interpessoais cresceu em 10 pontos desde o ano passado, enquanto a confiança dos líderes masculinos permanece estagnada.