Pesquisas recentes, como o Relatório Global de Tendências de Talentos do LinkedIn (2023) e o Panorama de RH da Great Place to Work Brasil (2024), revelam que diversidade, bem-estar, cultura organizacional e desenvolvimento de lideranças são prioridades absolutas para os profissionais de Recursos Humanos no Brasil. Segundo esses estudos, mais de 80% dos RHs reconhecem que um ambiente inclusivo é estratégico para a inovação, e que a liderança engajada é essencial para sustentar uma cultura organizacional positiva. Em sintonia com esses dados, os contemplados do
3º Prêmio Melhor RH Centro-oeste, promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação, compartilharam suas visões sobre temas centrais para o futuro do trabalho.
Diversidade e desenvolvimento de pessoas
Mayame Sombra, Diretora de Gente e Gestão do Grupo Luiz Höhl, celebra a premiação como um incentivo ao trabalho dos profissionais de RH e reforça o compromisso da empresa com a diversidade e a formação de lideranças como chave para o futuro do capital humano na empresa e entendimento de ser este um caminho positivo, em geral, nas empresas.
“Investimos fortemente em políticas de diversidade, equidade e inclusão, desde o recrutamento até a retenção de talentos. A empresa está completando 56 anos de atuação e nosso compromisso é fortalecer a cultura organizacional e tornar a nossa gestão de processos ainda mais eficiente. Além disso, destinamos cerca de R$ 4 milhões para capacitação e desenvolvimento de pessoas e preparação das lideranças, reforçando a humanidade como um dos principais valores da empresa”, comenta a executiva.
José Flávio de Souza Lima, Gerente de Gente & Cultura do Grupo Natureza, destaca o papel estratégico da diversidade, em especial no setor de beleza. “Somos uma empresa majoritariamente feminina, e a diversidade faz parte do nosso planejamento estratégico. Empresas que não abraçam essa agenda estão perdendo uma grande oportunidade de inovar e ampliar seu impacto”, entende o executivo.
“Nosso grupo completa, neste ano, 45 anos de atuação, uma data que faz com que a gente se lembre o passado e projete o futuro, que deve ser de inovação. Queremos trabalhar fortemente a nossa cultura por meio dos nossos programas de desenvolvimento e assim garantir que nossos colaboradores estejam alinhados com nossos valores.”
Transferência de habilidades e desenvolvimento de lideranças
Henrique Mazzardo, CEO da Fiagril, também alerta para a necessidade de equilíbrio nas políticas de diversidade, equidade e inclusão, destacando, ainda, políticas de transferência de conhecimento. “Mais de 40% da força de trabalho no head office da Fiagril é composta por mulheres, um indicador relevante para o setor. Além disso, temos uma força de trabalho jovem, cheia de energia, que ainda não vivenciou tantas dificuldades. Nosso papel é transferir a experiência dos profissionais mais antigos para que a juventude possa enfrentar os desafios com mais maturidade.”
Dioneia Canci, Diretora de Gente & Gestão da Fiagril, por sua vez, reforça esse movimento de integração geracional com a criação de uma Escola de Negócios. “Lançamos a Escola de Negócios, com módulos que vão desde contabilidade e finanças até gestão de territórios e carteira de clientes”, conta a executiva. “Também trabalhamos a parte comportamental, com treinamentos em inteligência emocional e feedback, contando com a participação de líderes internos na construção dos conteúdos. Tem sido um movimento interno muito rico para a empresa.”
Embaixadores da cultura e escuta ativa
Bruna Reis, Gerente de Gente e Gestão da Zuppani, acredita que investir em diversidade é uma prioridade para as empresas que desejam se manter relevantes, mas não sem uma cultura forte, orientada para o tema, e apoiada por uma comunicação também robusta. “A diversidade deve entrar na agenda das corporações. Na Zuppani temos um calendário voltado para o tema e uma das prioridades é fortalecer a marca empregadora com um olhar diverso”, revela. Diante disso, “acomunicação interna e o endomarketing são fundamentais para divulgar as ações com esse propósito”, entende Bruna. “Também criamos os Embaixadores da Cultura, que são colaboradores que naturalmente nos ajudam a engajar os outros colaboradores e a disseminar os valores da cultura organizacional.”
Maria Paula Oliveira, Diretora de Gente, Jurídico e Compliance da LG lugar de gente, reforça a importância de ações intencionais para diversidade e de uma escuta ativa no ambiente corporativo. “É necessário promover ações intencionais para aumentar e melhorar os índices de diversidade nas empresas. Além disso, em ambientes híbridos, engajar colaboradores é um desafio. O RH tem um papel fundamental nesse processo, principalmente da escuta ativa e do alinhamento da liderança com a cultura e o propósito da organização.”
Mirella Dota Sanches, Diretora de Pessoas e Comunicação Interna da CNP Seguradora, é essencial que a diversidade não seja apenas um discurso. “A diversidade está no DNA da empresa, e nossas agendas de Cultura e ESG estão conectadas. Nossa estratégia de diversidade e inclusão está alinhada ao DNA cidadão da empresa. Em 2025, uma das nossas prioridades é avançar em diversidade, com metas específicas para os líderes, visando criar um ambiente de acolhimento e segurança psicológica. A comunicação interna é fundamental para garantir essa transformação cultural pela qual a empresa passa. O time de comunicação é o aliado da cultura, conectando as mensagens e entregando uma narrativa que faz sentido para os colaboradores.”
Automação e Humanização
Carla Antunes, Diretora de Pessoas do Grupo Santa, aponta a dualidade entre automação e humanização como o grande desafio da empresa para 2025. “É preciso automatizar o que pode ser feito por máquinas, mas sem perder a humanidade na maneira como lidamos com as pessoas. A chave está em sensibilizar os colaboradores por meio de rodas de conversa e grupos de trabalho.”
Marly Vidal, Diretora de RH do Grupo Sabin, destaca que o RH atua como guardião da cultura inclusiva. “A diversidade e inclusão não são apenas uma responsabilidade do RH, mas um compromisso que deve ser compartilhado por toda a organização, desde a alta liderança até os colaboradores. Por isso, na Sabin, temos três pilares que traduzem nosso propósito: o compromisso institucional da organização, o compromisso da liderança e o compromisso do colaborador – tudo isso para fortalecer a cultura inclusiva. A empresa também possui programas de desenvolvimento de lideranças e saúde mental.”
Paulo Roberto Oliveira, Gerente de RH do Grupo BarralCool, destaca a busca por uma gestão mais equilibrada, que una eficiência e responsabilidade social. “Para além do desafio de implementar um novo modelo de governança e sistemas de gestão em uma empresa tradicionalmente familiar, é fundamental considerar uma gestão mais sustentável e orientada para resultados, incluindo demissões mais humanizadas. Acredito na meritocracia, mas temos um trabalho forte com ações sociais e inclusão de PCDs. É importante encontrar um meio-termo entre ações afirmativas e critérios mais lúcidos de gestão de pessoas.”
Tani Melo Fernandes, Gerente de RH da Cooperativa COMIGO, destaca que a inovação também deve estar presente em contextos tradicionais. “Este ano será de virada, com a migração de sistemas para a nuvem e a capacitação de colaboradores operacionais para lidar com novas tecnologias. Criamos um comitê de diversidade e inclusão, envolvendo diversas áreas da empresa, com o objetivo de olhar para a comunidade e criar um movimento que vá até as pessoas, especialmente em locais menos acessíveis. Queremos trazer mais diversidade para dentro da cooperativa.”
Palavra de apoiador:
Paola Klee, CEO da YC – Your Career Future apoiadora do 3° Prêmio Melhor RH Centro-Oeste, aposta em adaptação como chave para o sucesso na gestão.
“Em um mundo em constante mutação, ajudar as empresas a estruturarem uma gestão adaptativa e conectada às novas realidades do mercado é essencial. Nosso objetivo é não apenas acompanhar essas mudanças, mas liderá-las, ajudando nossos clientes a transformarem desafios em oportunidades.“, entende, sobre o trabalho realizado por sua consultoria, alinhado às políticas adequadas ao contexto atual vivenciado pelas companhias, exposto pelos ganhadores da premiação.
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