Pesquisa

Jovens são os mais afetados pelo desemprego na pandemia

Em pesquisa, 48% dos entrevistados afirmaram que o recém-formado tem mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho

de Redação em 21 de outubro de 2021

Iniciar uma carreira após obter o diploma de graduação é uma etapa desafiadora. No entanto, para que ela se inicie, é preciso que uma empresa ofereça oportunidade ao jovem graduado para que ele desenvolva seu talento.

De acordo com uma pesquisa recente, não é o que vem acontecendo, e a pandemia agravou essa situação. A pesquisa foi feita pela Mindsight, e teve como foco os desafios da nova geração. Foram entrevistados 9.241 pessoas, das quais 57% se identificaram como mulheres, 43% como homens e 1% como não binário.

Para 48% dos entrevistados, o recém-formado tem mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho. Entre os entrevistados com 30 anos ou menos, esse percentual sobe para 63%.

Dos que responderam à pesquisa, 25% compõem a chamada “geração nem nem”, que não trabalha nem estuda. Essa geração é composta por jovens que não estudam porque já concluíram os estudos, e não trabalham por não conseguir uma colocação.

Em contraponto, a maioria dos que responderam à pesquisa (35%) está estudando e buscando uma oportunidade no mercado de trabalho.

Desemprego durante a pandemia

Outro dado levantado pela pesquisa é que pandemia afetou mais as mulheres que os homens. Do total de entrevistados, 60% disseram ter perdido o emprego durante a crise sanitária. Entre as mulheres, 64% responderam que não estão trabalhando, enquanto entre os homens o percentual ficou em 56%.

Em um recorte racial, os pretos são os mais atingidos, com 29% afirmando não estar trabalhando e nem estudando atualmente, e também os que mais sofreram com a pandemia, com 40% afirmando que houve impacto no setor em que trabalham. Já entre os brancos, 23% não trabalham nem estudam, e 34% afirmaram que houve impacto no setor onde trabalham.

Para Thaylan Toth, CEO da Mindsight, o desemprego afetando os mais os jovens é, também, um reflexo da pandemia.

“O mercado de trabalho brasileiro sofreu bastante no ano passado, deixando diversas pessoas desempregadas em busca de uma recolocação. Podemos relacionar essa informação à situação dos jovens no ambiente de trabalho na pandemia, que fez com que empresas focassem na contratação de profissionais mais experientes e qualificados, o que impactou pessoas entrando no mercado”, explica Toth.


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