ESG

Linha direta entre CEOs e CSOs acelera metas de sustentabilidade

Acesso a informações mais assertivas e estratégicas facilita a implementação das mudanças necessárias na organização, mostra pesquisa da Russel Reynolds

Estudo realizado pela consultoria Russell Reynolds Associates mostra que para acelerar a agenda ESG e obter melhores resultados, os diretores de Sustentabilidade ou CSOs (do inglês, Chief Sustainability Officer) precisam reportar seus planos diretamente ao CEO.

A linha direta traz vantagens estratégicas como acesso a informações essenciais para tomada de decisões, direcionamentos mais assertivos e maior influência sobre lideranças de outras áreas.

Intitulada Líderes de Sustentabilidade RRA, a pesquisa revela, no entanto, que apenas 20% dos CSOs reportam seus planos aos CEOs, aumentando em 50% a qualidade e agilidade dos resultados sobre os executivos que tratam o tema com outras lideranças e gerências.

“O desafio para os CSOs é ocupar cada vez mais os pontos centrais das companhias, estreitando o relacionamento com o Conselho e áreas estratégicas e identificando riscos e oportunidades que outros líderes podem deixar passar”, explica Mariane Montana, consultora da Russell Reynolds.

Procura e exigências em ascensão

Em 2022, a Russell Reynolds registrou aumento de 53% na demanda por executivos especializados em Sustentabilidade, em relação ao ano anterior. Além do surgimento de cargos específicos, como CSO e membros de Comitês de ESG, a mentalidade sustentável passa a ser requisito básico em todo o C-Level. O alto preparo profissional para a área soma-se à linha direta com a alta gestão no quadro de resultados mais assertivos daqueles que a consultoria passou a nomear como CSOs Empoderados.

De acordo com a pesquisa, antes de assumir a diretoria de Sustentabilidade, 68% dos CSOs já ocupavam uma posição de liderança relacionada à agenda e 55% possuíam mais de três anos de experiência no setor. Somados à experiência, segundo Mariane Montana, os perfis de lideranças de Sustentabilidade possuem quatro pilares centrais: pensamento sistêmico de todo ecossistema no qual a empresa está inserida, visão de longo prazo, inclusão de diversos stakeholders na tomada de decisão e inovação e transformação de negócios.

Além disso, “esses líderes precisam ser naturalmente curiosos e possuir coragem para desafiar o status quo e resiliência para manter o rumo dos negócios diante de contratempos, sejam eles internos ou externos. Isso facilita na identificação de novas soluções que equilibram rentabilidade e sustentabilidade”, ressalta a executiva.

E para a parceria dar certo, “o CEO deve olhar para o CSO como seu parceiro na construção e implementação da estratégia de Sustentabilidade em toda a organização, envolvendo-o também com investidores e outras partes interessadas. Essa é uma maneira poderosa de acelerar os resultados do plano de ação e garantir que a mentalidade sustentável se torne uma verdadeira competência organizacional”, complementa Mariane.

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