Segundo pesquisa da Indexmed, startup especializada no tema, mais de 22% das empresas ainda não possuem políticas de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Mais de 35% ainda não digitalizaram seus processos de SST. Cerca de 29,1% responderam que ainda não possuem qualquer ferramenta digital para realizar a gestão da pasta. O estudo, divulgado por ocasião do Dia Mundial da Segurança e Saúde do Trabalho (28/4), contou com a participação de 267 empresas.

Prática necessária diante de eventuais riscos ocupacionais, políticas de saúde nas empresas recebem atenção legal. No Brasil, a Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre a saúde do colaborador e dá providências sobre o seu cuidado, seguida por outras regulamentações.

O Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, (PGR), o Programa de Controle Médico de Segurança Ocupacional (PCMSO) e o Laudo Técnico das Condições de Ambiente de Trabalho (LTCAT) são algumas das exigências a se cumprir.

Sobre a adesão às políticas de SST pelas empresas e a busca pela automação como forma de aprimorar a gestão, trata-se, “além do cumprimento da legislação vigente, de uma preocupação com a integridade física e com a qualidade de vida do funcionário enquanto estiver trabalhando”, comenta Renan Soloaga, CEO da Indexmed. (A empresa comercializa uma plataforma que auxilia o atendimento de exigências legais e orienta a gestão.)

Falta de gerenciamento?

Pesquisas realizadas pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil) dão conta de que 30% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout. Doença classificada como ocupacional contribui para um custo de saúde pública que alcança cerca de 300 bilhões de dólares por ano nos sistema de saúde em todo o mundo (dados consideram todos os quadros ligados ao stress). E as estatísticas só avançam ao longo dos anos.

Diante desse cenário e sobre os dados do estudo, Soloaga conclui: “Organizaçõe estão negligenciando a importância de se aplicar políticas de SST no ambiente de trabalho”.