FMRHDI

Mercado de trabalho ainda não alcançou a equidade de gênero

Painel do FMRHDI discute questões estruturais que são gargalos na busca pela equidade no mercado de trabalho

de Débora em 20 de outubro de 2021

A busca das mulheres por equidade no mercado de trabalho foi tema do painel “As mulheres estão exaustas……de lutar por equidade”, do Fórum Melhor RH de Diversidade e Inclusão, promovido pela plataforma Melhor RH.

O debate contou com a participação de Angélica Consiglio, CEO da Planin, Priscilla Cotti, Diretora de Pessoas & Organização e Comunicação, Brasil e Cone Sul da Sandoz, e Camila Corá, Diretora do setor Jurídico e Pessoas do Banco PAN.

A conversa iniciou com Angélica trazendo números que mostram como o mercado de trabalho ainda é desigual.

“Segundo pesquisa da McKinsey, uma em cada três mulheres no mundo chegou a pensar em mudar de carreira ou deixar o mercado de trabalho este ano por conta do estresse ou esgotamento. Infelizmente, os homens ainda ganham mais que as mulheres e ocupam mais cargos gerenciais e de direção do que o público feminino. Segundo o MIT e a Universidade de Minnesota, as mulheres têm 14% menos probabilidade de serem promovidas em suas empresas a cada novo ano. De 2020 para cá, elas viram seus colegas homens ganhando mais e superando em número os cargos de gerência, que são considerados a base dessa pirâmide, que é muito importante para chegar à posição de liderança nas companhias”, destacou.

Priscilla Cotti destacou que as mulheres ainda enfrentam muitas questões estruturais que criam estigmas e impedem a equidade de cargos e salários. Segundo ela, isso começa já na entrevista e continua durante a trajetória na companhia, com a mulheres tendo de provar seu valor a todo momento.

“Na hora da entrevista, já olham um pouco torto: ‘Como é que eu vou lidar com uma mãe nessa posição? Eu vou contratar, ela vai engravidar e eu vou ficar seis meses sem?’. Então, acho que a gente tem uma questão muito estrutural. Uma mulher se é um pouco mais assertiva numa reunião, já pensam ‘Ah, que louca’, ‘Ela está brava’, ‘Está descontrolada’, Está de TPM’. Enquanto quando veem um homem assertivo pensam ‘Puxa, ele é assertivo, que ótimo'”, pontuou Priscilla.

Como mudar a situação atual

Camila Corá destacou que, para que haja uma mudança na atual situação da mulher no mercado de trabalho, será preciso que as mulheres se ajudem mais. Ela também destacou a necessidade de ampliar o debate e trazer também os homens para dentro da pauta inclusão e diversidade.

“O PAN tem sido eleito uma das melhores instituições financeiras para as mulheres trabalharem. Quando cheguei aqui, tinham três gerentes executivas. Hoje, temos quase 25% de mulheres executivas na empresa e mais de 40% de mulheres na liderança. Eu gosto muito de promover desenvolvimento para que a gente possa ser protagonista do nosso futuro, da nossa carreira. É essencial que a gente dissemine conhecimento também entre os homens, para que eles sejam nosso parceiros”, destaca Camila.

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