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Millennials e Geração Z: o presente e o futuro das relações de trabalho

de Redação em 17 de dezembro de 2019
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O presente e o futuro das relações de trabalho para os Millennials e Geração Z

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Ter um emprego estável, casa própria e um bom carro. Esta trinca já foi fundamental, porém, hoje, para os Millennials, nascidos entre 1981 e início dos anos 90, as prioridades são outras.

Jovens adultos, na faixa dos 19 e 35 anos, os Millennials já ocupam o mercado de trabalho e são motivados pelas oportunidades de crescimento, ao mesmo tempo em que buscam equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. São conhecidos pelo trabalho em equipe, aliado à flexibilidade — home office e horários adaptáveis.

De acordo com Gabriela Mative, gerente de RH da Luandre, os Millennials, também conhecidos como Geração Y, estão abrindo o caminho de uma nova era profissional, bem diferente da anterior, ocupada pela Geração X e que vai ganhar novos contornos quando a Geração Z, formada por adolescentes, hoje, estiver no mercado.

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“Esses jovens, com idades entre 11 e 18 anos, da Geração Z, são ainda mais competitivos e independentes, preferindo ter um ambiente de trabalho exclusivo a ter que dividir um. São indivíduos totalmente por dentro da era digital, diferentemente dos Millennials que, embora pioneiros tiveram de se adaptar”, detalha Gabriela.

O que essas gerações querem?

Assim, na Luandre, observa-se essa mudança de comportamento puxada pela Geração Y. Se antes estabilidade era a pauta do dia, a preocupação hoje é com a qualidade das relações interpessoais. “Uma das principais buscas é por lideranças qualificadas. A maioria destes profissionais avalia à qualidade do gerente. Para as novas gerações, o trabalho é a vida deles, ou seja, um mau gerenciamento os afasta rapidamente”, diz Gabriela.

Outras questões como oportunidades de crescimento na empresa e aumento de salário influenciam significativamente. “As gerações anteriores também buscavam por reconhecimento financeiro, mas notamos que os jovens precisam deste reforço mais rapidamente, talvez porque a velocidade de tudo hoje em dia seja maior, começando pela rapidez que a internet proporciona”, explica Gabriela.

Ela ainda destaca que esses profissionais buscam por empresas alinhadas a seus ideais: “Millennials têm a preocupação em estar em companhias que estejam de acordo com seu propósito de vida, por isso, para eles tão importante quanto um bom salário é a transparência da empresa em relação à sua missão e suas práticas”.

O futuro nas organizações

No passado, quando a Geração Y estava chegando ao mercado, havia o mito de que se tratava de gente preguiçosa. Contudo, neste momento, o consenso é que características, antes desprezadas, podem ser positivas. Gabriela nota que a necessidade por flexibilidade de horário, já comentada, possibilita que não se limitem a trabalhar somente de acordo com uma carga horária pré-estabelecida e não se importem em também oferecer essa flexibilidade conforme a demanda.

Ela também observa a capacidade de articulação e iniciativa para propor ideias em razão da vontade por autonomia: “há uma busca por fazer diferença no mundo e isso começa pelo local onde trabalham. Eles querem ser agentes transformadores e não apenas levar adiante o que já está estabelecido”.

E, ao que tudo indica, o cenário profissional daqui a alguns anos deve seguir essa tendência ao se considerar que os Millennials já são 50% do público interno das organizações e, em dez anos vão representar 75% da força de trabalho no mundo, segundo uma pesquisa global liderada pela ferramenta Join.Me. Na Luandre, em 2019, o número de contratados entre 20 e 35 anos representou 73% e o número de currículos recebidos ultrapassa a média de 63%.

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