O painel “Não quero estar aqui – Por que o trabalho presencial se tornou um desafio”, teve a participação de Douglas Almeida, executivo sênior de Recursos Humanos; Claudia Duarte Vergara, executiva de RH, consultora, mentora e conselheira deliberativa na ABRH/RS; e Camila Pavan, diretora de RH na Alstom Energia e Transporte.
Claudia comentou um trecho de uma reportagem de uma revista especializada no qual o home office durante a pandemia foi um desafio para as organizações e, ao mesmo tempo, um alívio para os trabalhadores, devido a rotina estressante, as horas no trânsito e a melhor conexão entre vida pessoal e profissional. E citou o Journal of Public Health, que fez uma revisão bibliográfica de mais de 2 mil artigos e concluiu que o home office ou o híbrido venceram, com benefícios para a saúde, a possibilidade de melhor ajuste da vida profissional com a pessoal, e ter ideias criativas trabalhando a qualquer hora. “Mas também trouxe desafios, pois tem pessoas que beberam mais, que engordaram e fumaram mais. O desafio é trazer sentido e significado para os colaboradores nessa volta e poder conciliar desejos e demandas das empresas e profissionais”.
Segundo Camila, colocando sua experiência na Alstom, “desfrutamos e aprendemos muito com o home office e suas vantagens para a vida pessoal agregada a profissional. A Alstom tem fábricas e ali é impossível o home office, pois tem que produzir nossos produtos, os trens. Na volta da pandemia, o desafio foi fazer o colaborador entender os benefícios do presencial, entendendo a necessidade de estarem todos os dias na empresa, para aqueles que era imprescindível a presença. E para quem estava ou está no home office ou no híbrido entender que ele precisa entregar bem”.
Almeida, pensando em possibilidades, disse que o modelo remoto cresceu muito na pandemia e uma das vantagens que surgiu nessa experiência foi a possibilidade de contratar pessoas em diferentes lugares do Brasil. “Trabalhando com tecnologia e ferramentas é possível continuar a trabalhar em suas cidades de origem, sem a necessidade de ter que se mudar para os grandes centros onde estão as sedes das empresas. Isso foi um grande avanço, temos acesso melhor a talentos. O presencial ajuda a fortalecer vínculos, traz relações mais sólidas”.
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