É fato: os RHs nunca foram tão digitais como agora. A pandemia acelerou um processo que vinha caminhando a passos lentos dentro das corporações nos mais diversos segmentos públicos e privados; do dia para a noite, companhias viram seus processos se tornarem totalmente digitais, até mesmo para uma prática simples de assinar um contrato, transformando também suas culturas internas e o jeito de lidar com os colaboradores no dia a dia, e se engana quem acha que a digitalização dos processos não é benéfica para os negócios e para as empresas.
Ora, veja um exemplo: segundo dados deste ano do Ministério de Gestão e Inovação, o Governo Federal conta atualmente com mais de 4.150 serviços digitalizados. O resultado representa cerca de R$ 4,5 bilhões de economia anual. O portal GOV.org, que até o final de 2022 somava cerca de 140 milhões de acessos, em março deste ano ultrapassou a marca de 144 milhões.
A digitalização pode ajudar também na integração de novos funcionários, pois é este passo que, na esteira de contratação, acaba se tornando extremamente cansativo e demorado, quando não há o auxílio da tecnologia para acelerar o processo, que vai desde a apresentação da cultura interna de uma empresa até os procedimentos de fluxo de trabalho e requisitos legais e fiscais que precisam ser checados.
Por exemplo, um RH mais digital consegue facilitar as etapas de contratação através da digitalização dos documentos e assinaturas do novo colaborador, pois é um tipo de ferramenta que veio para ajudar na desburocratização dos processos. Além disso, consegue também apresentar de forma mais didática a cultura interna de uma empresa.
A digitalização dos RHs ajuda também na simplificação do processo de compliance para integração de novos funcionários. Usando apenas uma assinatura digital, o funcionário pode confirmar que assistiu os vídeos explicando as regras da empresa e evita uma papelada desnecessária que fala sobre as regras básicas da organização.
Soma-se a isso também a preferência dos profissionais pós-pandemia pela modalidade remota ou híbrida, que possibilita a flexibilização da rotina de trabalho e menos tempo gasto no trânsito, por exemplo.
Um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o percentual de empresas que adotam o sistema home office passou de 58% em 2021 para 33% em 2022. A pesquisa mostra ainda que 34% dos trabalhadores prestam serviço de forma remota ou híbrida (semipresencial) — eram 55% um ano antes. Antes da pandemia, cerca de 7% das empresas tinham empregados trabalhando a distância.
Uma outra pesquisa, desta vez da HRTech Global Atlas, realizada em parceria com uma startup de conhecimento sobre gestão de pessoas, a Think Work Lab, revelou que mais de 70% das empresas pretendem manter ou ampliar o trabalho remoto por conta da evolução da digitalização.
E não há dúvidas, um departamento de RH cada vez mais eletrônico veio para agilizar o dia a dia de quem cuida de documentos e informações dos funcionários, de uma uma maneira simples e segura, com acesso fácil a documentos guardados em nuvens, por exemplo.
Além disso, com os novos modelos de trabalhos 100% remotos ou híbridos, o fortalecimento da cultura corporativa por parte da equipe de Recursos Humanos está sendo um grande desafio, até porque estes modelos parecem ter vindo para ficar.