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O desafio da retenção de talentos e como superá-lo

de Marcella Ferrarezi em 17 de abril de 2024

Apesar do largo avanço das empresas no que diz respeito às estratégias de gestão de pessoas, especialmente no período pós-pandemia, bastante desafiador para as áreas de recursos humanos, muitas companhias ainda enfrentam dificuldades para reter talentos. As mudanças nos modelos de trabalho, já que boa parte passou a ser remota ou híbrida, dificultando a gestão dos profissionais à distância, e as particularidades da mais nova geração a ingressar no mercado de trabalho, a Geração Z, que se mostra muito imediatista e sedenta por reconhecimento e oportunidades de crescimento, são alguns dos desafios enfrentados pelas empresas para encantar e manter seus profissionais.

De acordo com uma pesquisa da Korn Ferry, consultoria global de gestão organizacional, apenas 36% das empresas brasileiras oferecem planos de retenção para seus funcionários. Já um estudo Estudo da Robert Half e da The School of Life revelou que não se sentir feliz no trabalho é o principal motivo para 44% das pessoas que deixaram voluntariamente seus empregos.

Diante de um cenário tão desafiador, separei algumas dicas que podem apoiar empresas e profissionais de RH a superar esse desafio.

  1. Pesquisa de mercado: Realize pesquisas para entender quais benefícios são valorizados pelos seus colaboradores e também o que outras empresas do mesmo setor estão oferecendo. Isso ajudará a garantir que seus benefícios sejam competitivos e atrativos.
  2. Personalização: Ofereça benefícios que possam ser adaptados às necessidades individuais dos funcionários. Por exemplo, alguns podem valorizar mais um plano de saúde abrangente, enquanto outros podem preferir benefícios de desenvolvimento profissional, como cursos ou treinamentos.
  3. Comunicação eficaz: Certifique-se de que os colaboradores compreendam completamente os benefícios oferecidos pela empresa e como eles podem aproveitá-los. Uma comunicação clara e regular sobre os benefícios disponíveis pode aumentar sua percepção de valor. Reduzindo custo e gerando valores.
  4. Transparência: Seja transparente sobre os critérios para receber determinados benefícios e como eles podem evoluir ao longo do tempo. Isso ajuda a construir confiança e aumenta o senso de equidade entre os colaboradores.
  5. Benefícios não financeiros: Reconheça que os benefícios não se limitam apenas a compensação financeira. Ofereça benefícios não monetários, como flexibilidade no horário de trabalho, programas de bem-estar, licença parental estendida, apoio psicológico, entre outros.
  6. Inovação: Mantenha-se atualizado com as tendências do mercado e esteja disposto a inovar em seus benefícios. Por exemplo, oferecer benefícios relacionados à tecnologia ou às novas formas de trabalho remoto pode atrair e reter talentos que valorizam a inovação e a flexibilidade.
  7. Programas de reconhecimento: Implemente programas de reconhecimento que valorizem e premiem o desempenho excepcional dos colaboradores. Isso não apenas aumenta a motivação, mas também cria um ambiente de trabalho positivo e gratificante.
  8. Feedback contínuo: Ouça regularmente os colaboradores para entender suas necessidades e preocupações em relação aos benefícios oferecidos. Isso permite ajustar os benefícios de acordo com as mudanças nas expectativas e nas circunstâncias dos funcionários.

Esses são apenas alguns passos fundamentais para que as empresas reduzam o risco de “perder” seus talentos. Mas vale lembrar que cada cenário exige um estudo aprofundado, considerando os perfis das companhias e dos profissionais. Não existe uma receita de bolo, mas os primeiros movimentos são primordiais.

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Marcella Ferrarezi

CEO da Ferrarezi Benefícios & Seguros, líder do setor de benefícios corporativos. Possui gradução em Empreendedorismo, com especialização em Neurobusiness e pós-graduação em Liderança, além de cursos de “inteligência emocional” e “melhorando seu negócio por meio de uma cultura de saúde” pela Harvard Business School.