A Lei de Cotas, sancionada em 1991, foi um divisor de águas no meio corporativo, pois proporcionou maiores oportunidades para que pessoas com deficiência consigam um trabalho e desenvolvam uma carreira, sendo reconhecidas como trabalhadores.
Entretanto, nem todas instituições se adequaram a essa realidade, muitas vezes contratando o profissional apenas para cumprimento de cota, sem pensar no ganho produtivo, econômico e cultural que as Pessoas com Deficiência podem oferecer.
A Lei de Cotas tem como objetivo a inserção de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho, a partir da destinação de um percentual de vagas, que variam de 2 a 5% do total de vagas de determinada empresa, para PcD em empresas com mais de 100 funcionários.
Apesar dos avanços, a lei apenas obriga a contratação, sem a garantia da inclusão plena na cultura e ambiente da empresa. Por outro lado, existem instituições que entendem seu papel na sociedade como agentes de inclusão e possuem práticas diversas para a inserção e desenvolvimento de funcionários com deficiência.
Cursos de capacitação para seus funcionários, criação de grupos de afinidade no qual os funcionários são responsáveis por elaborar atividades diversas na empresa, como a Semana da Pessoa com Deficiência, rodas de conversa, dentre outras atividades, são bons exemplos.
Sempre digo que a inclusão de PcD em uma empresa é uma via de mão dupla. É fundamental que o ambiente e os funcionários estejam preparados, tenham interesse em receber o candidato, que por sua vez precisa estar em um ambiente adequado para mostrar suas potencialidades e virtudes ao contratante.
A inclusão efetiva não acontece quando o interesse é de apenas um dos lados.
O funcionário com deficiência, ao ser colocado no ambiente corporativo, também deve entender o local no qual está inserido, e estar sempre aberto e receptivo às mudanças, executando suas tarefas. Ele precisa comunicar ao seu gestor as dificuldades que possam surgir no caminho, para que suas potencialidades possam ser exploradas e haja cada vez mais a transformação na empresa para um lugar mais inclusivo.
É perceptível que as empresas têm estimulado um espaço mais receptivo para essas pessoas, mas ainda falta incentivo e, principalmente informação, para que o ambiente corporativo se torne um local mais igualitário.
Essa inclusão por sua vez representa um progresso para a condição dessas pessoas que, possuem a oportunidade de construir uma identidade no trabalho e um lugar valorizado na sociedade, tendo segurança e estabilidade em suas vidas.
Com a missão de transmitir informações sobre a inclusão desse grupo no mercado de trabalho, a ASID, Ação Social para Igualdade das Diferenças, está divulgando a série de vídeos “Informações Inclusivas”. São seis episódios, divididos entre os meses de setembro e outubro, partilhando informações sobre assuntos cruciais para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
O “Informações Inclusivas” pode ser visto pelo canal do Youtube da ASID Brasil (ASID Brasil) e pela página do Facebook (ASID Brasil), além de ser divulgado nas redes sociais do Grupo Volkswagen.
Os vídeos serão divulgados sempre às quintas-feiras, 16h, e todos os conteúdos estarão disponíveis gratuitamente para o internauta, com legendas simultâneas e intérprete de libras.