Realizado pelo Instituto Ipsos, o levantamento analisou os principais meios de transporte usados e quanto o tempo gasto interfere na produtividade dos profissionais
O tempo de deslocamento diário da casa para o trabalho tem impacto direto na produtividade para 71% das pessoas entrevistadas pela pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada pelo instituto Ipsos, nas 12 maiores regiões metropolitanas do país.
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60% das empresas nunca demonstraram preocupação com o tempo de deslocamento dos colaboradores;
O transporte público, incluindo ônibus, metrô e trem, é o principal meio de deslocamento usado por 49% dos trabalhadores. A utilização de carros e motos próprios foi sinalizada por 37% dos pesquisados. Cada vez mais popular, o uso de aplicativos de mobilidade como Uber, 99, Cabify, entre outros, apareceu como a principal escolha para 16% dos empregados. Os entrevistados podiam indicar todas as opções que utilizam e, no geral, cada um usa de 1 a 2 meios em seu deslocamento.
Outra alternativa registrada foi o deslocamento feito por bicicletas e patinetes próprios, realizado por 5% dos entrevistados. Outros 3% utilizam as mesmas opções de micromobilidade só que por aplicativos de compartilhamento.
“A pesquisa oferece informações preciosas para compreendermos a realidade dos trabalhadores, nesse ambiente de transformações aceleradas na economia”, afirma André Turquetto, diretor de Marketing e Produtos da Alelo. “Um exemplo: as novas tecnologias de mobilidade já fazem parte do dia a dia de muitas pessoas. Outro ponto importante é que a maior parte dos entrevistados expressou a percepção de que a qualidade e o tempo do deslocamento impactam a produtividade. As empresas precisam estar atentas a fatores como esse.”
Do total de entrevistados que afirmaram que o deslocamento impacta em sua rotina profissional, 54% são homens, 58% pertencem a classe C e 56% estão na faixa etária entre 25 e 44 anos.
Nos grandes centros urbanos, o impacto do tempo de deslocamento é ainda mais relevante. A maior influência foi registrada na região metropolitana de São Paulo, de acordo com 24% dos empregados ouvidos, seguido pelo interior paulista com 19%. A parte central do Rio de Janeiro ficou em terceiro lugar, com a indicação de 13% dos entrevistados.