Um olhar mais humano para as equipes, capacidade para gerenciar a distância e apoio da tecnologia para aproximar as pessoas. Em meio às dúvidas e incertezas, esses foram – e continuam sendo – alguns dos aprendizados que nós, líderes, tivemos neste período desafiador. A pandemia deixará um marco no ecossistema corporativo e as mudanças que ela trouxe poderão ser sentidas por muitos anos.
Além da responsabilidade pela manutenção e evolução dos negócios em meio a uma crise global e recessão econômica, foi preciso dar mais atenção ao bem-estar e segurança dos colaboradores, apoiá-los no momento de readequação ao novo cenário e na ressignificação do formato de trabalho. Em questão de dias, tivemos que deixar os escritórios, as reuniões presenciais migraram para o ambiente online e as casas se tornaram também um local de trabalho.
A necessidade de quebrar as barreiras que o distanciamento social impôs fez com que a tecnologia se tornasse uma aliada ainda mais forte para as relações humanas, acelerando a transformação digital. Não é à toa que 63% dos gestores de sete países, incluindo o Brasil, tiveram essa percepção, segundo uma pesquisa da consultoria internacional Olivia, especializada em processos de mudança, transformação organizacional e inovação. Tarefas que, há poucos meses, não eram consideradas ideais à execução remota, como reuniões estratégicas com clientes, treinamentos, entrevistas, integração de colaboradores, foram totalmente remodeladas.
Em meio a transformações e redefinições de prioridades, a relação entre líderes e liderados também mudou e a humanização no processo de gestão ganhou destaque colocando o gestor, naturalmente, no papel de conselheiro. Em momentos como este, compreender o que se passa ao nosso redor é imprescindível para poder oferecer as ferramentas necessárias para que nossos profissionais ultrapassem os obstáculos impostos da melhor maneira.
Nada mais será como antes. O ano histórico de 2020 nos despertou para uma realidade que, talvez, nos negávamos a enxergar: nem sempre somos capazes de controlar o que irá acontecer. Planos foram adiados e outros acelerados, modelos de negócios repensados, formatos de trabalho colocados em xeque, mas percebemos o nascimento de novas possibilidades em um mundo que não nos permite mais a construção de fronteiras.
O aprendizado é contínuo e aceitar que nem tudo vai correr bem o tempo todo são pontos que nos auxiliam a passar por esse processo da forma mais saudável e produtiva possível. Foi aberto um espaço para o novo mundo do trabalho e, apesar de os próximos passos serem incertos, devemos carregar na bagagem todos os ensinamentos que nos trouxeram a essa nova era. O futuro é agora e, ao olhar para frente, com certeza estaremos mais fortes e preparados para novos desafios.