Um mundo em constante transformação exige líderes que assimilem essas mudanças e estejam abertos às novas tecnologias e seus impactos no dia a dia das organizações. Na palestra, Virando Gestor no Século 21: Novos Desafios, Conrado Schlochauer, sócio e diretor executivo da AfferoLab, ressaltou que embora seja necessário ter um olhar para o futuro, também é importante observar o presente.
Ele indicou a leitura do texto de Gustavo Tanaka, “Há algo grandioso acontecendo no mundo” que fala sobre as transformações que vem ocorrendo neste século e especificamente no mundo do trabalho, que refletem nas relações trabalhistas, empreendedorismo, utilização das novas tecnologias e busca por mais qualidade de vida, tornando modalidades como o home Office como realidade atual.
Assim como o mundo mudou, os líderes também mudaram. Ele deixou de ser apenas inspirador, para também adquirir o viés de gestor. “O jeito de fazer gestão nos dias atuais é diferente do modelo tradicional”, apontou. “O gestor precisa aprender constantemente.”
O impacto da transformação digital interfere diretamente na forma como o gestor deve atuar. No processo de desenvolvimento de pessoas, Conrado disse que há certa resistência ainda em reconhecer o aprendizado informal como treinamento, mesmo ele acontecendo diariamente com o uso de plataformas como Whatsapp e YouTube.
Em relação ao papel do gestor, o executivo destacou que a liderança heroica não existe mais nas organizações. “Hoje são exigidas capacidades como gerenciar grande quantidade de informações, competência de cruzamento de culturas, trabalhar com colaboração virtual, lidar com mídias sociais no trabalho, ser um tradutor do mundo exterior à organização e, principalmente, ser um eterno aprendiz.”
Segundo o diretor da AfferoLab, as principais responsabilidades do RH neste processo são oferecer boa remuneração, bom ambiente de trabalho, melhorar as capacidades dos profissionais e oferecer oportunidades de crescimento. “É preciso parar de fazer programas e criar um ambiente de cultura de aprendizado. Parar de focar em conteúdo e trabalhar com experiências abertas. Deixar de ser o bedel da escola e estar à disposição de quem quer aprender”, sentenciou.