Gestão

Para ser mais produtiva

de Camila Mendonça em 18 de setembro de 2012

Melhor - Gestão de pessoasQuando alguém chega ao escritório da Radix em Belo Horizonte (MG), dá de cara com um aparelho de televisão no qual rodam notícias da empresa. Ao passar pelos corredores, o jornal mural lembra os aniversariantes do mês, dá dicas de alimentação e conta as novidades. Por e-mail, os funcionários também recebem os informativos, além de poder se atualizar via intranet. E comentam tudo isso nos canais de relacionamento convencionais, como Facebook e Twitter, ou afinam debates no Yammer, rede social interna. 

A Radix é uma empresa de engenharia e tecnologia, mas, como é possível perceber, enxerga a comunicação como uma das principais ferramentas para crescer mais. “O grande problema das empresas não é o que elas fazem, mas como elas fazem. E a base desse ´como´ e de todo bom relacionamento interno é a comunicação”, afirma Mônica Paiva, diretora de RH da companhia. O desafio de comunicar-se bem, diz a executiva, sempre esteve no DNA da companhia, que abriu as portas em abril de 2010 e tem à frente Luiz Rubião, ex-CEO da Chemtech. Contudo, foi em fevereiro deste ano, quando Mônica assumiu o desafio de estruturar um departamento de RH, que a comunicação se tornou, na prática, um valor. E meios não faltam para a empresa comunicar-se. A ideia, segundo a executiva, é fazer com que os funcionários se sintam parte efetiva da empresa e estejam sempre bem informados. A rede social interna, considerada por Mônica uma das ferramentas mais importantes da companhia, efetua bem esse papel. “Foi pensando na característica dos funcionários (jovens e conectados), que criamos nossa rede”, conta. 

Apesar da aderência do perfil à ferramenta, a empresa teve problemas de adesão no início. O primeiro passo foi tirar a desconfiança natural de que a rede era um meio de vigilância, e isso foi feito com muita divulgação e criação de competições no ambiente on-line. Além disso, mesmo com o Yammer, a empresa não vetou o uso de outras redes. “A ideia não é obrigar [o uso da rede social interna], mas fazer com que as pessoas confiem na empresa, da mesma forma que confiamos nelas”, afirma. E para quem passou desatento pelos corredores ou não leu os recados on-line, a empresa ainda conta com o Radix Minuto, programa de vídeo, transmitido na TV Radix, que mantém o funcionário atualizado. Embora sejam meios diferentes, todos têm conteúdo integrado, afirma Mônica. As ferramentas não demandaram muitos investimentos financeiros, apenas tempo e capital humano. Contudo, o resultado é a percepção do funcionário de que ele está contribuindo com o crescimento da empresa. “Eles enxergam significado no que fazem e é isso o que os move.”

 

 

 

 

 

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