Diversidade

Pesquisa constata sintomas de ansiedade em 16% das consultas online da comunidade LGBTQIAP+ 

No estudo do Zenklub/Conexa volume de sessões realizadas por usuários identificados como da comunidade também registrou avanço

de Redação em 28 de junho de 2024
Shutterstock

No mês em que se comemora o orgulho LGBTQIAP+, o Zenklub, uma empresa Conexa, especialista em saúde emocional com atendimento corporativo, avaliou a saúde mental das pessoas desta comunidade que fazem terapia online com psicólogos da plataforma. Foram coletados dados anônimos em 12.697 sessões de janeiro de 2023 a maio de 2024 que incluem somente este público. Os principais motivos das sessões foram: ansiedade (16%), autoconhecimento (15%), relacionamento ou conflitos amorosos (8%), relacionamento ou conflitos familiares (7%) e sobre identidade de gênero (4%).

De acordo com Karen Silva, psicóloga coordenadora da Conexa, pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIAP+ podem vir a sofrer preconceito pela não-aceitação da sociedade, fator que costuma contribuir para o desenvolvimento de uma ansiedade disfuncional, além de outros sintomas. “Falta, em muitas situações, o apoio social ou familiar para dar o suporte necessário, o que pode contribuir negativamente para a saúde emocional, deixando as pessoas mais ansiosas no dia a dia”, diz.

A pouca empatia e ausência da família e de gente que poderia estar mais próxima a pertencentes da comunidade gera também uma expectativa sobre quando será o momento em que esse grupo será aceito e, desta forma, poderá desfrutar de um bom convívio social e ter as mesmas oportunidades que todos.

“Há ainda cenários em que os pacientes podem se ver frente a conflitos e dúvidas sobre si mesmos e se sentem inibidos em dizer quem são por receio de como isso será visto pela sociedade; por isso, buscam o autoconhecimento”, complementa.

Do início de 2023 para maio de 2024, o Zenklub constatou que houve crescimento de usuários de toda a base da plataforma em 44%, com a inclusão de dados de pessoas cisgêneras e heterossexuais. No entanto, se levarmos em consideração somente a comunidade, o aumento foi de 92% no mesmo período.

O volume de sessões realizadas por usuários identificados como da comunidade também registrou avanço. Houve crescimento de 118% no período, enquanto que a quantidade de terapia da base completa de Zenklub avançou 50%.

“O aumento proporcionalmente maior das consultas para os LGBTQIAP+ pode ser um indicativo de que estas pessoas estejam em sofrimento psicológico mais acentuado e precisam de ajuda profissional para desenvolver ferramentas para o enfrentamento das dificuldades”, explica Karen.

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