Mercado de Trabalho

Plano de carreira e apoio à saúde mental são decisivos na escolha da vaga, diz estudo da Indeed

Pesquisa de site de empregos revela ainda o que motiva demissões: 50% dos entrevistados afirmam que sairiam do trabalho se sentissem que não são valorizados

de Redação em 29 de setembro de 2022
plano mostrando portas e homem caminhando em direção da que representa plano de carreira Freepik.com

Pesquisa da empresa Indeed, entre as líderes dos sites de emprego, ouviu 840 trabalhadores e revelou aspectos decisivos na escolha de uma vaga, quando esses profissionais estão em dúvida entre dois ou mais postos com o mesmo modelo de trabalho, salário e mesmos benefícios básicos. Empresas que oferecem plano de carreira e apoio para saúde mental levam vantagem, afetando positivamente a decisão entre 62% e 48% das pessoas, respectivamente. Folgas remuneradas aparecem como preferência de apenas 38% dos participantes do estudo.

Entre os benefícios de preferência ao considerar uma vaga, 69% escolhem plano de saúde, auxílio-transporte, vale-alimentação e licença maternidade/paternidade estendida em lugar da divisão de lucros ou bônus por metas, listados por apenas 44% como mais relevantes.
 
O que reforça a permanência no emprego, no entanto, nada tem a ver com o oferecido nas descrições de vagas. Trata-se de algo que depende diretamente de como a empresa oportuniza crescimento e, principalmente, reconhecimento ao colaborador.

Não sou reconhecido, logo, vou embora

Apesar de apontar que 90% dos respondentes estão otimistas sobre o surgimento de mais oportunidades de carreira no futuro, o estudo da Indeed mostra que 55% dos trabalhadores sentem que não têm oportunidades suficientes de carreira agora.

Cerca de 50%, por sua vez, deixariam o atual emprego ao sentir que não são reconhecidos pelo trabalho e que são desvalorizados no ambiente corporativo. Em torno de 45% dos profissionais ouvidos deixariam o trabalho atual por insatisfação, mesmo sem outra vaga em vista.

Esses trabalhadores também sairiam do trabalho se o ambiente fosse “tóxico” (55%) ou se testemunhassem algum tipo de discriminação, injustiça ou abuso (40%). 

Reconhecendo necessidades

Para criar um ambiente de trabalho saudável fazendo com que os colaboradores tenham apreço em trabalhar na empresa e, consequentemente, sejam mais produtivos, os RHs precisam entender as necessidades, preferências e interesses da força de trabalho para orientar os líderes a criarem equipes harmônicas, empenhadas e estimuladas”, explica Felibe Calbucci, Diretor de Vendas do Indeed Brasil. 

Para o executivo, éimportante manter um canal de comunicação aberto para que o funcionário possa expressar suas opiniões, críticas ou sugestões relacionadas ao ambiente de trabalho. “O colaborador também precisa se sentir seguro e, caso presencie ou vivencie alguma situação em que se sinta injustiçado ou discriminado, ter um canal seguro para recorrer”, ressalta Calbucci.

Assim como o RH, a liderança precisa estar atenta ao bem-estar dos funcionários e ao ambiente, reconhece o Diretor de Vendas do Indeed Brasil. “Realizar treinamentos internos que promovam o desenvolvimento de novas habilidades e o aperfeiçoamento de hard e soft skills é uma maneira de viabilizar o progresso e manter o colaborador estimulado.” 

Calbucci reconhece que, para além da compensação pelo cenário pandêmico, que provocou uma revisão de prioridades no mercado corporativo  um movimento importante, pilotado pelos millennials e geração Z deve consolidar uma nova perspectiva na gestão de pessoas. “Quem chega agora vai criar novos panoramas e ressignificar o que realmente importa numa instituição, ou seja, o próprio funcionário.”

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail