O levantamento “Impacto da Covid-19 na cultura e operação das PMEs brasileiras“, encomendado pela Microsoft para a agência de comunicação Edelman, avaliou, entre setembro e outubro de 2021, o estágio da adoção do trabalho híbrido, a evolução dos processos de transformação digital e o fortalecimento da cultura de dados das pequenas, médias e microempresas (PMEs) brasileiras. As conclusões pouco diferem do encontrado para grandes companhias sobre essas temáticas, mostrando a tecnologia como centro de processos e decisões durante a pandemia. A pesquisa ouviu proprietários, parceiros e diretores de mais de 300 organizações em todo o país.
O estudo mostra que 93% dessas organizações vêm intensificando sua relação com a tecnologia no período, sendo que 97% delas consideram importante incluí-la no modelo de trabalho de forma permanente. Quatro em cada dez (40%) entendem, no entanto, que precisam de mais investimentos nesse setor. A produtividade das equipes, por sua vez, foi associada à maior adoção de tecnologia e às modalidades laborais remota e hibrída – 61% das empresas ouvidas creem que esse resultado foi a mais importante conquista do avanço tecnológico da organização.
Segundo respostas dos participantes, 47% das pequenas, médias e microempresas brasileiras já estão trabalhando de forma híbrida e flexível. Mais da metade (52%) deles crê que a produtividade aumentou devido a esse contexto de flexibilidade. Cerca de 38% dos respondentes informaram que suas empresas voltaram ao modelo presencial de trabalho. Em um cenário livre de pandemia, 70% dos profissionais ouvidos preferem trabalhar de forma 100% presencial ou híbrida.
Sobre a aceleração dos processos tecnológicos, o estudo revelou, ainda, que áreas administrativa (50%), de marketing (44%) e vendas (41%) são as que mais avançaram na adesão à tecnologia. A cibersegurança, que precisou ser ainda mais considerada partir do início da pandemia e com a intensificação dos tráfegos virtuais, foi destaque entre as prioridades tecnológicas para 81% dos entrevistados. A metade (50%) afirmou que já enfrentou problemas de segurança cibernética em suas companhias.
O uso de dados que, quando processados, se tornam informações relevantes para auxiliar na tomada de decisão das PMEs, também foi acelerado, de acordo com a pesquisa: quase nove em cada 10 entrevistados disseram notar o seu aumento e importância (89%).
A maioria, 94%, afirmou tomar decisões com base nesses dados e 76% diz treinar os funcionários para serem orientados por eles. Mais da metade (70%) contou que implementa ou planeja implementar tecnologias de BI (Business Intelligence) e 67% disse ter recrutado especialistas em gerenciamento de dados recentemente.
Balanço
“As PMEs têm um papel fundamental na economia do nosso País, representando cerca de um terço do PIB nacional, além de serem responsáveis por mais da metade dos empregos formais e informais do Brasil”, afirma Priscyla Laham, vice-presidente de Vendas para o mercado corporativo e SMB da Microsoft Brasil. “Para nós, é muito importante entender como o setor tem se transformado digitalmente e como as nossas tecnologias se conectam para impulsionar esses negócios”, entende a executiva.
Nas análises por tamanho da empresa, foi observado que 71% das médias empresas (entre 200 e 249 funcionários) acreditam que os impactos das mudanças impostas pela pandemia em seus negócios foram positivos, seguidos de 65% para empresas de 150 e 199 funcionários e 74% das organizações com 100 a 149 colaboradores. No caso das pequenas empresas, essa percepção se deu em 74% das organizações que contam com 50 a 99 funcionários e em 56% daquelas com 10 a 49 pessoas em seus quadros. As microempresas, que tem até 9 funcionários, registraram 43%.
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