Globalmente, ter orgulho da empresa na qual atua é o principal gerador de felicidade nos profissionais. O dado, extraído de um estudo da Robert Half em parceria com a Happiness Works, evidencia o quanto é necessário investir na percepção positiva dos colaboradores com relação à companhia por meio do employer branding.
O cuidado aqui precisa ser o de investir em iniciativas que estejam alinhadas aos desejos, expectativas e necessidades de quem vai usufruir dela. Hoje, por exemplo, um estudo da consultoria Mercer aponta que um em cada três empregadores, de um universo de 819 líderes, acredita que pelo menos 50% de sua força de trabalho permanecerá remota após a pandemia na segurança dos seus lares. Temos, assim, outra questão a ser colocada em pauta: como proporcionar segurança para aqueles que vão se deslocar para o trabalho?
A importância do deslocamento na experiência do colaborador
O deslocamento para o trabalho é um dos pontos mais críticos na experiência de um colaborador. E, mesmo com o fortalecimento do trabalho remoto e, como mostrou o dado da pesquisa, essa necessidade não deixará de existir. Pelo menos em parte das companhias. Afinal, mais de um ano após o início da pandemia no Brasil e com o processo de vacinação em andamento, muitas organizações ainda não têm uma decisão definitiva sobre o assunto trabalho à distância, presencial e híbrido.
O desafio, porém, não está apenas em torno dessa decisão. Principalmente em decorrência da pandemia, os profissionais responsáveis pela experiência e pelo engajamento do colaborador têm se visto diante do desafio de continuar provocando a mesma sensação de pertencimento nessas pessoas em meio a tantos medos individuais e incertezas coletivas.
Isso, tanto em empresas que migraram totalmente para o cenário de trabalho remoto. Quanto aquelas que mantiveram suas equipes na operação presencial ou híbrida, entre as quais as classificadas como serviço essencial. Todos os profissionais enfrentaram muitos desafios nos últimos meses, incluindo demissões, reorganizações de organogramas e reduções de jornada e salário.
Têm sido períodos com motivos de sobra para que as empresas experimentem a ascensão ou a queda de sua reputação aos olhos dos profissionais. E, por conta dessa verdadeira montanha russa, o employer branding tem se mantido no radar das empresas mais maduras.
Fretamento inteligente: uma das boas práticas em prol da experiência do colaborador
Para se adequar ao novo momento e garantir uma experiência positiva aos colaboradores nesse período de pandemia, as empresas precisaram se reinventar. Muitas intensificaram o investimento na gestão humanizada, enquanto outras revisaram benefícios ou enviaram para a casa dos profissionais móveis e equipamentos adequados à prática do home office. Algumas têm estimulado o cumprimento consciente do expediente para evitar sobrecarga.
Infelizmente, algumas organizações consideradas de serviços essenciais não puderam manter os seus colaboradores trabalhando remotamente, como as da indústria, saúde e logística, por exemplo. Entre elas, algumas têm procurado beneficiar os profissionais com a contratação de ônibus fretado. Com gestão inteligente de ponta a ponta, incluindo roteirizador – considerando o endereço da empresa e da residência de cada colaborador -, além de rastreamento, controle de acesso e escala dos veículos.
Com o fretamento inteligente, as empresas têm garantido aos profissionais um trajeto mais confortável, seguro e eficiente. Longe dos longos períodos no ponto de espera, das aglomerações e dos riscos de contágio pelo Covid-19. Um cenário bem diferente dos enfrentados por tantos cidadãos brasileiros no – tantas vezes caótico – transporte público.
Mas não é só isso. Ao oferecer uma opção coletiva de deslocamento entre casa e trabalho para os colaboradores, a organização contribui com a redução de veículos particulares pelas principais vias públicas. Evidenciando a sua preocupação com o meio ambiente e com a emissão de gases poluentes.
O caminho para o employer branding
O estudo da Robert Half e da Happiness Works mostra que colaboradores mais felizes beneficiam o negócio de diversas maneiras. Eles são mais resilientes e leais, trabalham melhor e são mais saudáveis. Isso sem contar naqueles que se tornam embaixadores naturais da organização. Tudo isso, quando bem estruturado, se reverte no fortalecimento do employer brand. Ou seja, da marca empregadora, como uma empresa preocupada com o ser humano, por exemplo.
Sei que o caminho não é simples, mas ele é compensador. Constatar, no dia a dia, que o seu time está satisfeito ou ver a organização ser notificada formalmente como um excelente local para trabalhar por consultorias de peso como o Great Place to Work – como aconteceu recentemente na organização que comando – não tem preço.
Não tenho dúvidas de que as organizações que estão se empenhando em ser genuinamente solidárias, empáticas e preocupadas com os colaboradores – das ações simples às mais complexas – em um momento de tantas dificuldades para todo o planeta colherão bons frutos no futuro. As boas impressões, certamente, não ficarão na mente e no coração apenas dos colaboradores profissionais, mas também de toda a comunidade ao redor.