O 2º Fórum Melhor RH ESG e Comunicação realizado de forma online e gratuita, reuniu profissionais das áreas de Recursos Humanos e Comunicação, além de especialistas, para discutir temas relacionados ao futuro do trabalho sob a perspectiva ESG (ambiental, social e de governança), em setembro.
Promovido pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação e pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, o Fórum destacou questões éticas relacionadas ao ESG e a valores fundamentais ao atual contexto vivenciado pelas empresas, visados por todos os seus stakeholders, sobretudo relacionado ao meio ambiente e à crise climática.
Nos painéis “Código de Conduta na prática: Como ter os valores e posturas presentes de ponta a ponta” e “A responsabilidade de cada um: O que sua empresa pode fazer pela justiça ambiental”, essa discussão ficou evidente. No primeiro painel, foram abordados os desafios enfrentados na implementação de códigos de conduta, criando segurança psicológica, entre outros benefícios, dentro das organizações. Já no segundo painel, a ênfase foi dada à responsabilidade das empresas em relação à justiça ambiental.
No painel Código de Conduta na prática, Ana Cristina da Costa Dias, gerente de Auditoria Interna e Compliance do Grupo Baumgart, Fábio Trimarco, diretor de Compliance e Qualidade da Ascenty Data Center e Telecomunicações S/A, e Maia Teixeira, business partner na EDP Renováveis, foram os participantes do debate.
“É preciso uma comunicação clara para que o colaborador entenda o que a empresa quis dizer com aquela diretriz”, iniciou Ana Cristina, por sua vez. E a partir daí, enfatiza a executiva, pode ser discutido o código de conduta da empresa, com transparência e participação de todos.
Já para Maia, o papel da liderança nesse sentido é fundamental. “É preciso olhar nos olhos das pessoas e ter bons programas de comunicação, transmitir mensagens claras e transparentes”, diz a executiva. O líder deve agir como exemplo, influenciando positivamente os colaboradores e incentivando a adesão aos valores estabelecidos. Deve estar engajado e ser o primeiro a adotar as práticas alinhadas ao código de conduta.
A importância de uma comunicação clara e consistente sobre o código de conduta também foi enfatizada por Trimarco, para garantir que todos os colaboradores tenham conhecimento e compreensão das políticas estabelecidas. O compliance é responsável por elaborar os códigos de conduta, entende o executivo, ” o que é de suma importância para que reflita a ética e as maneiras de lidar com as pessoas e com a diversidade”, destaca.
A educação corporativa seria o melhor caminho para disseminar os valores desejados em todos os níveis hierárquicos da empresa, e portanto deve ser encarado como um dos investimentos prioritários, entende, também, Trimarco.
Os participantes também abordaram a importância de monitorar e avaliar a efetividade das práticas de conduta, bem como a necessidade de revisá-las periodicamente, para garantir sua atualização e adequação aos contextos internos e externos da empresa.
Além disso, a integração dos valores na cultura e nas operações da empresa foi apontada como garantia de sucesso na implementação das práticas éticas.
Reparação ambiental
O painel A responsabilidade de cada um contou com a presença de Ana Márcia Lopes, conselheira da Outward Bound Brasil, Julia Gamba, diretora de Pessoas da Orbia (Amanco), e Sérgio Amad, CEO da Fiter, destacando a importância da responsabilidade das empresas em relação à justiça ambiental.
Amad ressaltou a necessidade de estabelecer compromissos públicos que demonstrem o comprometimento da empresa com o tema e o papel da gestão. “Quando falamos de justiça ambiental as iniciativas devem partir das próprias lideranças”, entende o executivo. Para ele, as estratégias para reduzir e reverter os danos ambientais causados pelas operações da empresa devem incluir, no escopo da redução da poluição e da exploração de recursos naturais, a transição para fontes de energia limpa.
Ana Márcia, por sua vez, acredita que é preciso aproximar as empresas das comunidades locais, ouvindo suas necessidades e desenvolvendo projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável das regiões. Ela enfatizou a importância de promover a inclusão dessas comunidades nos processos de tomada de decisão e garantir que sejam beneficiadas pelos recursos naturais presentes em suas regiões e que também são, de alguma forma, parte da cadeia produtiva das companhias em questão.
Em relação justamente a essa cadeia de suprimentos, Julia destaca a importância de uma gestão sustentável, enfatizando a necessidade de analisar e mitigar os impactos ambientais em todos os seus elos, trabalhando em parceria com fornecedores e parceiros comerciais para promover práticas sustentáveis e reduzir as emissões de carbono.
Também é preciso ir além do Marketing e “melhorar a vida das pessoas, trabalhando em nossas comunidades, cuidando da responsabilidade social”, acredita Julia. “Quando partimos deste propósitos, missões e valores estão conectados,”
Tanto no painel sobre códigos de conduta quanto no painel sobre justiça ambiental, fica claro, entre os palestrantes, que as empresas têm um papel crucial na promoção de práticas éticas e sustentáveis e na transformação da sociedade. A comunicação clara, o envolvimento das lideranças, a monitorização e avaliação, a integração dos valores na cultura e nas operações, a aproximação com as comunidades e a gestão sustentável da cadeia de suprimentos são elementos essenciais para o sucesso dessas práticas.
(Com reportagem do Portal da Comunicação)
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Assista ao 2° Fórum Melhor RH ESG e Comunicação nos links abaixo:
(25/09):https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA01MRH
(26/09):https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA02MRH
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