A gestão de pessoas é a arte e a ciência de liderar, motivar e desenvolver uma equipe de colaboradores para atingir os objetivos organizacionais. Garantir o engajamento e a produtividade de equipes cada vez mais diversificada, são desafios cada vez maiores. Para melhorar o desempenho e aumentar a retenção de talentos e encantar as novas gerações, as empresas têm investido em programas de mentoria, considerados como cruciais na formação de líderes e na transmissão de conhecimento.
Exemplos e insights nessa importante construção foram tema do 4° Fórum Melhor RH Confiança, promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação, em janeiro, mais especificamente no painel Cultivando o talento interno.
A Techware, por exemplo, utiliza o programa de mentoria como forma de incentivar o desenvolvimento profissional e pessoal dos participantes. “Os gestores definem quais colaboradores vão participar do Voa Talentos, nosso programa de mentoring, a partir de alguns critérios estabelecidos pela área de Recursos Humanos. Um dos diferenciais é promover o autoconhecimento, de maneira que quem participa tenha uma percepção maior de si mesmo, reconhecendo pontos fortes e pontos a serem desenvolvidos”, explica a Consultora de RH da empresa, Rosa Maria Franco, participante do painel.
No Grupo Marista, por sua vez, um aplicativo foi desenvolvido internamente para encontrar mentores e mentorandos, a partir das competências que precisam ser desenvolvidas. “O diferencial que quem não tem formação em liderança também pode ser mentor de quem busca competências diversas, por exemplo conhecimentos digitais ou agilidade. Essa troca tem sido muito positiva”, afirma o Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo, Leandro Figueira Neto, speaker junto à Rosa.
O executivo também informa que a criação de um Banco de Talentos interno pelo Grupo Marista reduziu o custo dos processos de Executive Search. “Temos um número significativo de aproveitamento interno nos processos seletivos, o que também diminuiu nossos custos com treinamento e adaptação”, revela.
Nenhum programa de mentoring será eficiente se não levar em conta a cultura corporativa. “As pesquisas mostram que a tendência das empresas é buscar por colaboradores que tenham soft skills de comportamento e solução de problemas alinhadas ao propósito da empresa. Mas só aprende quem tem está com a cabeça aberta para isso – neste ponto, os processos de mentoring são muito positivos por oferecer o protagonismo do próprio desenvolvimento ao profissional”, afirma, por sua vez, a CEO da Advice Comunicação Corporativa, Fernanda Dabori, também expoente do painel em questão.
A força que “vem de dentro”
Adaptabilidade e saúde mental são vitais no cenário atual de mudanças rápidas no mercado de trabalho. Não por acaso, resiliência tem sido uma das soft skills mais procuradas em profissionais pela maioria das empresas. O tema esteve presente no evento, no painel Resiliência como estratégia.
Primeiramente, é preciso definir o que é resiliência. O termo veio da física e diz respeito à capacidade dos profissionais de enfrentar contratempos, imprevistos, obstáculos e fracassos sem permitir que eles dominem, inviabilizem ou destruam sua vida. “Não se trata de não ser afetado pelo estresse ou pela pressão; trata-se de reconhecer quando você é afetado por isso e ter estratégias de enfrentamento para lidar com as adversidades”, explica a CEO e Founder da Your Career (YC), Paola Klee, participante do painel.
Ela também defende uma cultura ágil como forma de estimular a resiliência da equipe. “A agilidade de aprendizagem nos processos de gestão de performance favorece o desenvolvimento de algum tipo de resiliência diante dos mais diferentes cenários”, informa.
Para a Diretora de Recursos Humanos da Sonepar, Edna Rocha, proporcionar conversas entre gerações para promover a troca de ideias e experiências são formas de incentivar a resiliência dos colaboradores. “Principalmente para os mais jovens, a convivência e a comunicação entre gerações são muito importantes para que eles estejam que não estão sozinhos em suas angústias”, afirma.
Segundo a Supervisora SUNOA do CIEE, Mônica Marcele de Oliveira, proporcionar um ambiente seguro para que qualquer pessoa possa relatar suas dificuldades e ser acolhida com empatia é a maneira mais eficiente para estimular a resiliência nos colaboradores. “Estar num local confiável é fundamental, inclusive, para quem pensa em inovação. Não existe inovação em ambientes onde o medo de errar é predominante”, pondera.
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Assista ao evento completo:
Acesso ao primeiro dia: https://www.youtube.com/watch?v=3QbGPi39lRg
Acesso ao segundo: https://m.youtube.com/live/DcxqU1l2vx4
(Nas redes sociais as gravações aparecem disponíveis destacadas nas respectivas páginas da Melhor RH)