Falar sobre as próprias conquistas ajuda não apenas ao ego, mas, sobretudo, a ter sucesso na carreira. Ao menos esse segundo aspecto foi o apontado por 78% dos usuários do LinkedIn em uma pesquisa feita pela Censuswide. Outro dado do levantamento mostra que, apesar dessa constatação, 45% dos entrevistados têm uma certa vergonha de cantar suas glórias, preferindo falar mais sobre o sucesso dos amigos – num universo de 11 mil usuários daquela rede social digital de 18 países, incluindo o Brasil.
Segundo Miriam Rodrigues, coordenadora da pós-graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o autoconhecimento é fundamental para as pessoas, seja no plano profissional, seja no plano pessoal.
“Se não refletimos sobre nossos pontos fortes e fracos, quem somos, do que gostamos, o que queremos e o que realizamos, fica muito difícil, por exemplo, num processo seletivo ou numa avaliação de desempenho, transmitir essas informações para alguém”, comenta a professora.
Ainda segundo a especialista, neste mundo de mudanças tão rápidas, é a consciência de nossas competências e dos gaps que precisamos superar que nos faz buscar o aperfeiçoamento necessário para que estejamos sempre competitivos e com nossa empregabilidade alinhada às necessidades do mercado.
Humildade também importa
Pense em alguma competência que as empresas estejam buscando nos executivos. Capacidade de inovar? De fazer mais com menos? Essas são importantes, mas outra vem ganhando destaque, de acordo com a consultoria de executive search Simbiose: a humildade.
O profissional capaz de combinar às suas competências a humildade é visto por muitas organizações como uma pessoa colaborativa, capaz de desenvolver empatia com o outro, alguém que tem maior disposição para aprender e alcançar a maturidade.
Pessoas humildes contribuem na manutenção de um ambiente mais positivo, desfrutam e inspiram confiança entre pares. São pessoas que suportam melhor os momentos de pressão. “A humildade vem da consciência de construir um mundo melhor, onde haja consciência do que se produz, como se produz, do que se consome e do quanto se consome, ou seja, um capitalismo consciente”, explica Andreia Campos, sócia-diretora da Simbiose.