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Quando o assunto é saúde, as mulheres não brincam em serviço, pois cuidam de si próprias com unhas e dentes. Isso se comprova com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que as brasileiras vivem em média sete anos a mais do que os homens. Elas, ao se consultarem regularmente com médicos, praticarem exercícios físicos e cuidarem da alimentação, se tornam mais conscientes sobre a importância de uma boa saúde tanto para a vida pessoal quanto para a profissional.
Mesmo com o cuidado constante, as mulheres ainda estão sujeitas a doenças como o câncer de mama e de colo do últero, diabetes, pressão alta e colesterol elevado. Por isso, a prevenção por meio de exames e acompanhamentos médicos é importante para a manutenção da longevidade feminina. Segundo Marcos Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do laboratório de análises clínicas LANAC, a prevenção continua sendo o melhor remédio. “Culturalmente, as mulheres são mais preocupadas com a saúde e investem muito mais em precaução, realizando, desde cedo, consultas e exames periodicamente. Sabendo disso, mesmo com inúmeros afazeres em sua rotina, elas conseguem tirar um tempinho para cuidar da alimentação, praticar exercícios físicos e tomar outras pequenas medidas que contribuem para a manutenção da saúde e da qualidade de vida”.
Para aquelas que possuem pouco tempo para se dedicar a saúde, o check-up anual ou semestral é uma alternativa. Em um único dia as mulheres podem passar por diversas especialidades médicas e fazer exames, otimizando várias idas a médicos distintos. “Os check-ups periódicos aumentam a qualidade e, muitas vezes, a expectativa de vida das mulheres. Além de ser uma ferramenta fundamental para avaliar as condições gerais do organismo e auxiliar no diagnóstico de doenças, o check-up exerce um papel muito importante na medicina preventiva”, relata Kozlowski.
Para ele, cada idade exige exames e cuidados mais específicos para a prevenção e diagnósticos de doenças. Confira:
Da primeira menstruação até os 30 anos
• Exame das mamas – para a detecção de nódulos mamários e prevenção do câncer de mama.
• Papanicolau e exame pélvico – indicados para a prevenção do câncer do colo de útero.
• Exames de sangue – para avaliação clínica dos níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, função renal e hormônios tireoidianos. Eles verificam doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e da tireóide.
Periodicidade: anual
A partir dos 30 anos
• Mamografia – indicado após os 35 anos. Quem tem histórico familiar de câncer de mama deve começar aos 30.
• Radiografia de tórax – indicada para pacientes fumantes.
Periodicidade: anual
A partir dos 40 anos
• Densitometria óssea – detecta a osteoporose. Precisa ser repetido anualmente se já houver algum grau de perda de massa óssea e a cada dois anos para aquelas com exame normal.
• Testes de perfil hormonal – são indicados para mulheres que estão iniciando o climatério, irregularidade menstrual que antecede à menopausa.
• Ecografia pélvica e transvaginal – avaliam os ovários e verificam a presença de cistos, endometriose, pólipos ou miomas.
• Exame proctológico – nesta faixa de idade também se observa uma maior incidência de câncer de intestino, daí a necessidade da realização do exame, especialmente em quem tem histórico familiar da doença.
Periodicidade: anual (pode ser reduzida de acordo com os resultados ou sob orientação médica)
A partir dos 50 anos
• Exames de sangue (duas vezes por ano) – verificam o colesterol completo e a glicemia para detectar o surgimento do diabetes.
• Exame de fundo de olho – avalia o grau de comprometimento das artérias e lesões provocadas pelo diabetes e pela hipertensão arterial.
• Densitometria óssea – nessa faixa de idade, é bom procurar um reumatologista para fazer o acompanhamento da osteoporose. O exame precisa ser feito com mais frequência.
Periodicidade: semestral ou anual (dependendo dos resultados e do estado de saúde da paciente)