CONARH

Taxa de ocupação de PcDs no Brasil é de apenas 26,6%, diz o IBGE

O pagamento médio real nacional pelo trabalho dessa população também é menor: R$1.860,00 contra R$2.690,00 para pessoas sem deficiência.

de Jussara Goyano em 21 de julho de 2023
Pressmaster, via Freepik.com

“A principal barreira que impede a pessoa com deficiência de ter acesso a educação e trabalho no Brasil ainda é o capacitismo estrutural“, destaca Carolina Ignarra, CEO do Grupo Talento Incluir. A executiva se refere aos números divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, divulgados recentemente. Segundo o levantamento, enquanto a taxa de ocupação da população brasileira é de 60,7%, a das pessoas com deficiência (PcDs) fica em apenas 26,6%. A referência ao capacitismo é devido à discriminação desse público, com sua capacidade de trabalho posta em dúvida por sua condição.

Segundo o IBGE o Brasil contabiliza 18,6 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 8,9% da população brasileira a partir de dois anos de idade e mais de um milhão acima dos números apontados na pesquisa anterior (17,3 milhões). E o capacitismo estrutural para incluí-las se expõe em diversos comportamentos, enumerados por Carolina.

Um erro das empresas, segundo a executiva, são as contratações apenas para cumprir a legislação e não por propósito. A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, que completa 32 anos neste 24 de julho, determina que empresas com 100 empregados ou mais reservem vagas para o segmento. “A empresa precisa realizar o processo de inclusão atuando na sua cultura, a partir de treinamento das equipes, incluindo a alta liderança”, destaca a CEO do Grupo Talento Incluir, como dica ao mercado.

Atuar na cultura, de acordo com Carolina, é municiar o time com informações, sensibilizando e desmitificando o relacionamento com esse público, mas também aumentando a convivência com as PcDs – outra dica. “Elas precisam ser respeitadas pela contribuição profissional que realizam em suas funções, exatamente como os profissionais sem deficiência”, entende a executiva.

Da mesma forma que cotas são um direito, a acessibilidade também é. Preparar a companhia para receber a pessoa com deficiência não é um favor, lembra Carolina. Além disso, “a empresa que se prepara para ser acessível está pronta para todo e qualquer cliente, fornecedor e colaborador”, enfatiza.

A executiva destaca, ainda, que inclusão e diversidade não são temas apenas de RH: ” É preciso fortalecer e multiplicar a cultura de inclusão por todas as áreas da empresa. Atuando nisso, cada área terá muito mais informação para tornar a empresa cada vez mais acessível e esse é um ambiente comprovadamente favorável para atrair a inovação”, pontua Carolina.

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Carolina Ignarra será Mestre de Cerimônias do CONARH 2023, evento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e um dos principais encontros do setor, previsto para agosto.
Para ter acesso à programação completa do evento, acesse aqui.

*com informações da assessoria de imprensa

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Um oferecimento de:

Jobcenter do Brasil


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