“A recuperação de contratações pós-pandemia, que está em andamento há algum tempo, continuará a caminhar em 2022, com os empregadores prevendo uma forte demanda por talentos em setores-chave”, antecipa Jonas Prising, presidente e CEO do ManpowerGroup, companhia com presença global no setor de talent solutions. Ele fala com base nos achados da mais recente pesquisa do grupo, que ouviu 5 mil profissionais ao redor de cinco diferentes países do mundo. Revelações dizem respeito a tendências globais sobre trabalho híbrido, propósito e questões geracionais neste e nos próximos anos nas empresas, entre mais conclusões que mantêm o colaborador no centro das decisões corporativas.
Intitulado The Great Realization: panorama do mundo do trabalho 2022, cobrindo Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, França e Itália, o estudo mostra que os setores de TI e manufatura serão os mais impactados em número de funcionários pelo investimento em tecnologias (23% e 21%, respectivamente). Até 2030, 75% da força de trabalho nas companhias terá menos de 35 anos e, antes disso, 58% dos profissionais precisarão de novas habilidades para realizarem seus trabalhos.
O foco do colaborador, por sua vez, está e seguirá em demandas impulsionadas pela pandemia. A flexibilidade experimentada nesse período terá três principais pontos de atenção pelos funcionários: capacidade de escolher horários de início e término da jornada (45%), definir (para mais) os dias de férias ( 36%) e ter opções de local de trabalho totalmente flexíveis (35%). Quatro em cada 10 colaboradores querem escolher em quais dias trabalham remotamente e ter a flexibilidade de mudar esses dias a cada semana.
A cultura das empresas também sofre/ sofrerá impactos. A EVP (Proposta de Valor ao Colaborador) exigirá a oferta de um senso de propósito e bem-estar cada vez maior. Três em cada 10 trabalhadores querem mais tempo para cuidar da saúde mental e evitar o burnout (consequentemente, lidar com o burnout exigirá lideranças mais empáticas). Enquanto isso, três em quatro profissionais querem se sentir motivados e apaixonados pelo seu trabalho, ao passo que sete, em cada 10, creem na importância do que fazem e querem reconhecimento por parte de lideranças e empresa. Cerca de 64% dos funcionários querem que seu trabalho diário ajude a construir uma sociedade melhor.
Para as empresas, fator decisivo na gestão de talentos, e também na consolidação cultural, em 2022 e nos próximos anos, é o desejo do colaborador trabalhar para organizações cujos valores são os mesmos que os dele. Dois em cada três assumem para si essa expectativa.
“O futuro do trabalho é exatamente o que estamos vivendo neste momento. Por isso, precisamos agir no presente, entende Wilma dal Col, diretora de gestão estratégica de pessoas do ManpowerGroup Brasil. A partir do passado e de olho no futuro, diz a executiva, “poderemos construir um ambiente mais produtivo, colaborativo e engajado dentro das empresas”.
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