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Tendências que devem movimentar a experiência do empregado em 2023

Empresas que se concentram na construção de uma boa cultura organizacional são consideradas bem-sucedidas e lucrativas. Mas não existe receita de bolo

Em um mercado de trabalho já competitivo que tem lidado com fenômenos como “great resignation”, “quiet quitting” e as pressões inflacionárias, a experiência do empregado é crucial não apenas para atrair ou reter os melhores talentos disponíveis, mas também para construir uma forte marca empregadora.

As organizações que se concentram na construção de uma boa cultura organizacional e na experiência positiva dos empregados são consideradas mais bem-sucedidas e lucrativas. Mas não existe uma receita de bolo para se chegar em uma estratégia ideal que se encaixe no perfil da empresa.

Líderes e equipes de RH precisam estar atentos a algumas tendências para esse ano de 2023 e estruturar o planejamento de forma a dar uma atenção especial para uma experiência que mantenha a saúde e o bem-estar dos empregados, além de promover um equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional.

Abaixo estruturo algumas dessas principais tendências e assuntos que estarão nas rodas de conversa das empresas neste ano:

Age of disruption (Era da disrupção)

O mundo está entrando em uma era de constante disrupção. A longo prazo, os fatores como rápidos avanços tecnológicos, mudanças climáticas, agitação civil e conflitos geopolíticos devem afetar como e onde as pessoas trabalham.

Essas mudanças e interrupções afetam de maneiras diferentes os diversos grupos de funcionários. Tomar ações direcionadas para obter os melhores resultados requer uma compreensão de perfis são afetados e como.

O cenário de incerteza econômica, por exemplo, pode acarretar um custo de vida mais alto, o que afeta os funcionários com salários mais baixos, levando a uma sensação de insegurança financeira e, possivelmente, problemas de saúde mental.

Outro exemplo é que as pessoas estão cada vez mais conscientes e preocupadas com a forma como as empresas reagem a “disruptores”, como as tensões geopolíticas e mudanças climáticas. Seu engajamento e lealdade podem ser afetados conforme o empregador se posiciona sobre tais questões.

Trabalho presencial

O mundo ainda está em transição quando o assunto é modelo de trabalho. De acordo com a pesquisa Global Benefits Attitudes, realizada pela WTW, 3 em cada 5 empregados acreditam que devem voltar a trabalhar presencialmente a maior parte ou o todo o tempo, mas apenas um terço tem esta preferência. Por esse motivo é preciso que as empresas trabalhem a comunicação para que essa transição seja feita da forma mais tranquila possível. A mudança imposta de forma radical desequilibra o ambiente de trabalho e pode se transformar em um problema para retenção dos empregados.

Diferença entre as gerações

Pela primeira vez nós temos quatro gerações trabalhando em uma empresa ao mesmo tempo. As diferenças entre percepção e visão de mundo estão cada vez mais marcantes. A pesquisa Global Benefits Attitudes também mostrou, por exemplo, que quando o assunto é benefícios, os baby boomers focam em aposentadoria, a geração X e Y no desenvolvimento da carreira e a geração Z na saúde emocional. Entender essas diferenças é fundamental para que se consiga desenhar uma estratégia de experiência do empregado eficiente.

Por fim, é preciso estar atento a essas tendências, e por meio de uma escuta ativa e ágil, criar resiliência na experiência do empregado e, deste modo, preparar a organização para o futuro.

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Erika Graciotto

Líder da área de gestão de talentos e employee experience da WTW Brasil