Dados recentes da consultoria Gartner atestam que, com a pandemia, a transformação digital nas organizações acelerou cerca de cinco anos. Com isso, 58% da força de trabalho mundial dá conta de que também as habilidades requisitadas para o trabalho vêm se transformando, em velocidade cada vez maior. Segundo outra pesquisa mais antiga, da Deloitte, é a habilidade de se adaptar e requalificar, com flexibilidade para desempenhar diferentes papéis na empresa que está em jogo, sendo cada vez mais exigida dos colaboradores.

A concorrência entre talentos por vagas e entre as empresas pelos talentos e por resultados cada vez mais ágeis também aumenta nesse cenário. “Ao garantirem que os colaboradores estão prontos para se adaptarem à adoção digital, com as novas habilidades necessárias para executarem o trabalho corretamente, as empresas ficam mais bem preparadas frente aos concorrentes”, diz Raphael Spinelli, diretor regional da Udemy para a América Latina, plataforma que também possui soluções de treinamentos corporativos.

Capacitação constante dos colaboradores seria a solução para driblar as rápidas mudanças que ocorrem em função da digitalização, segundo o executivo. “Ao se capacitarem constantemente, com incentivo da empresa, eles ficam mais preparados e confiantes para lidar com essas transformações e trazem melhores resultados para o negócio”, destaca Spinelli. Qualificação também seria a solução para outro problema: a escassez de mão de obra em tecnologia, diretamente ligada à transformação digital corporativa.

Conclusão óbvia a olhos nus, em uma rápida avaliação das operações empresariais recentemente e das estatísticas mencionadas, o uso de tecnologia pelas empresas só cresce. A adoção de inteligência artificial (IA), um dos principais impulsos desse movimento, devido à eficiência operacional que proporciona, já é realidade em 41% das companhias no Brasil, segundo pesquisa recente da IBM. A implementação é crescente, e deve chegar a 70% das organizações brasileiras em 2023, também segundo a Deloitte. De acordo com a consultoria, esse é o percentual de empresas que planejam realizar investimentos em IA neste ano.

Nesse mercado, e com esse ritmo, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais calcula que em cinco anos serão criados quase 800 mil novos postos de trabalho em tecnologia no Brasil. Isso enquanto apenas 53 mil profissionais são formados na área por ano, gerando um um déficit de 532 mil colaboradores requeridos para atuar na área.

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O “Futuro do Trabalho”, incluindo a acelerada digitalização das empresas, será tema de destaque do CONARH 2023, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e um dos principais encontros do setor, previsto para agosto.
Para ter acesso à programação completa do evento, acesse aqui.

*com informações das assessorias de imprensa

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