De setembro a novembro de 2015, o desemprego no Brasil alcançou 9,1 milhões de pessoas, segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para quem está nesse número a saída vai de buscar a recolocação na mesma área, mudar de carreira ou empreender. Mas tais opções podem não ser tão simples para aqueles profissionais acima casa dos 50 anos de idade. Algumas dicas podem ajudar nesse caminho.
Segundo Marcelo Fabro, gerente da Gemba Training, empresa especializada em treinamento Lean & Six Sigma, nesse cenário a terceira opção costuma ser a mais aconselhada por especialistas, mesmo se os profissionais experientes não querem se aventurar sozinhos.
“Algumas pessoas preferem trabalhar em empresas e construíram carreiras de 15, 20 anos, por isso, esperam para retornar a trabalhos com os quais já têm intimidade, ou simplesmente não têm o perfil necessário para desempenhar as funções de empresário, que exige ferramentas específicas”, explica.
O executivo acrescenta que é preciso ter paciência, acreditar no currículo e não perder tempo. “As corporações precisam de pessoas com experiências específicas que pode ser o caso de quem foi demitido com tanto tempo de empresa. Valorizar projetos e lembrar-se de conquistas é muito relevante para ser reaproveitado naquilo que mais sabe fazer.”
Confira abaixo 7 dicas de Fabro para quem tem mais de 50 anos e perdeu o emprego:
1 – Saber quem você é como profissional: conhecer a listar as competências que possui e as que precisa desenvolver costuma ser eficaz na procura por recolocação. Sabendo as fortalezas e fraquezas, o profissional consegue decidir o que fará para melhorar mais seu currículo e a busca por um novo espaço no mercado.
2 – Não esperar demais: muita gente perde o emprego e busca aproveitar o tempo livre para viagens ou descanso. A não ser que este profissional tenha uma reserva financeira muito grande, o ideal é começar a busca logo após o desligamento.
3 – Fazer cursos: aplicar dinheiro de rescisão ou reserva financeira em cursos pode parecer arriscado, mas cursos na área, além de renovarem conhecimentos, são importantes fontes de relacionamento com novos contatos. É preciso ter constância na atualização e isso é investimento na carreira.
4 – Abrir chances de mudança: ter flexibilidade para mudar de área amplia o leque de opções. Sempre vale uma busca em atividades correlatas ou aquelas em que sempre teve
vontade de atuar, mas nunca teve oportunidade.
5 – Fazer networking: às vezes o profissional fica muito tempo em uma única empresa e deixa de lado bons contatos. Participar de reuniões de área, seminários e encontros de órgãos como conselho regional profissional ou sindicato é um caminho para ver e ser visto.
6 – Usar as redes sociais: o LinkedIn, por exemplo, já se tornou ferramenta importante para a distribuição de currículos e contatos profissionais. Não restrinja amizades..
7 – Montar bem o currículo: além dos aspectos visuais, a lista de experiências dos profissionais é importante. Se a colocação é relevante, precisa estar listada.