Eleutério, da Dtcom: possibilidade de o cliente criar o próprio conteúdo |
“Imagine uma TV por assinatura cujo conteúdo não seja entretenimento, mas capacitação. Você tem três canais de treinamento prontos e ainda possui à sua disposição uma plataforma de satélite que permite criar a sua própria TV corporativa.” A frase de Marco Eleutério, diretor superintendente da Dtcom, revela por que a TV corporativa é um mercado que promete crescer: o cliente pode criar o seu próprio conteúdo e transmitir eventos ao vivo para um grande número de colaboradores. Além disso, pode realizar teleconferências e exibi-las em tempo real, o que diminui gastos com viagens e hospedagens. Mas as funcionalidades não param por aí. Segundo Eleutério, um bom exemplo de utilização da ferramenta é o de um presidente de uma grande empresa que precisa fazer diariamente um pronunciamento para colaboradores presentes em centenas de filiais. Com essa tecnologia, esse executivo não precisa viajar até cada unidade, basta entrar na sala de transmissão e fazer o seu discurso, que é exibido em tempo real a todas as filiais. “É um veículo que dissemina a informação de forma precisa e com uma agilidade excepcional. Quando um colaborador está em um local remoto e o presidente se dirige diretamente a ele, a comunicação adquire uma força muito grande. Nesse sentido, o poder da TV corporativa é inigualável”, ressalta.
Outros dois fatores que também ajudam a alavancar o mercado de tecnologia são a capacidade de customização do conteúdo transmitido e a disseminação da banda larga. No primeiro caso, como explica Ricardo Franco, diretor de relacionamento e TI da Take 5, especializada em comunicação corporativa com foco na produção em vídeos, há, ainda, um outro fator que contribui para o uso dessa ferramenta: a possibilidade de a TV estar integrada à internet. “As funcionalidades podem ser criadas sob demanda, dependendo das necessidades da organização, não apresentando mais uma programação fixa. As aplicações podem variar desde treinamento até anúncios que devem ser feitos por diferentes áreas da companhia como boletins e programas de integração”, comenta.
Mas de nada adianta ter um conteúdo específico se a transmissão enfrenta dificuldades. Nesse ponto, Antônio José Canjani, diretor da Sintonia Comunicação e idealizador da WebTV Panorama, reforça a importância da disseminação da banda larga, que permite uma transmissão mais eficiente dos vídeos e a um custo mais acessível, na expansão do mercado.
Por isso, o diretor enfatiza que o mercado de WebTV deve dobrar em 2010. “O segmento amadureceu e, agora, não só grandes companhias, mas médias também, buscam a tecnologia. Vai haver uma corrida para implementá-la”, aposta Canjani.