O trabalho freelancer é uma modalidade que tem crescido no Brasil. O modelo, em alguns casos, é buscado para completar a renda de um trabalho fixo, ou quando não se conseguiu um emprego na área de atuação ou até mesmo quando se deseja mais flexibilidade de vida.
Para homens e mulheres, trabalhar e conciliar estudo nem sempre é fácil; para as mães então, trabalhar fora e cuidar dos filhos também não é uma tarefa fácil, mas a atividade como freelancer vem proporcionando mais flexibilidade àquelas que buscam uma alternativa para ficar mais tempo com a família.
Uma pesquisa realizada pela Workana – plataforma de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina – com mais de 1500 mulheres, apontou que, dentre as que têm filhos (23%), 46% cuidam deles enquanto trabalham.
A profissional Eliana Figueiredo, professora e redatora, atua como freelancer há cerca de quatro anos, e conta que ao engravidar buscou adaptar sua vida profissional à nova fase. “Eu trabalhava em duas escolas e precisava desacelerar. Como decidi ficar apenas em uma, minha renda caiu bastante; então, considerei começar a trabalhar em casa com algo que eu gostasse: produção de conteúdo”, lembra. Ela divide as responsabilidades do filho com o marido e afirma que a atividade freelance a ajudou a ter autonomia sobre seus horários, ponto fundamental para poder se organizar e passar mais tempo com a família.
Cofundador da Workana, Guillermo Bracciaforte aponta que a atividade freelance, que cresceu 70% em 2017, vem trazendo uma nova oportunidade para os jovens profissionais, proporcionando mais flexibilidade e possibilidade de adaptação à rotina. “Muitas mulheres buscam um trabalho que permita participar mais da vida dos filhos, e atuar por conta própria vem chamando a atenção dessas profissionais”, conta Bracciaforte.
Bracciaforte diz ainda que essa busca por um trabalho mais flexível colabora para o crescimento da atividade freelance e proporciona aos profissionais novas oportunidades, além de movimentar o mercado e levar para as empresas mais profissionais qualificados. Dentre as entrevistadas, cerca de 44% trabalham como freelancer em tempo integral, sem conciliar com outro emprego.