A Pesquisa Alelo Hábitos Financeiros dos Brasileiros, realizada pela Alelo em parceria com o IBOPE CONECTA, ouviu mais de 2 mil paulistanos e mapeou o impacto nos orçamentos e quais soluções estão sendo buscadas por milhares de trabalhadores.
No conteúdo, a pesquisa traz informações relacionadas ao mercado de trabalho, tais como benefícios que os trabalhadores recebem ou não recebem, entrada e saída de uma empresa, contratação ou demissão, desemprego, impactos no cenário econômicos e etc. Confira abaixo alguns deles.
O vai e vem no mercado de trabalho
A pesquisa apontou que 31% dos trabalhadores paulistanos trocaram de emprego nos últimos 12 meses (acima da média nacional de 26%). A grande maioria, 69, não mudou de emprego durante esse período. Destes, 53% foram promovidos ou receberam algum aumento salarial (acima da média nacional de 46%).
Dos 31% que trocaram de emprego, 42% encontraram um outro melhor, 31% foram demitidos, 12% abriram seus próprios negócios e somente 7% mudaram de carreira.
Dos trabalhadores que mudaram de emprego, 55% conseguiram um salário maior. 23% afirmam que o salário se manteve o mesmo e 21% dos entrevistados tiveram redução salarial ao trocar de emprego.
Benefícios que recebem
19% dos entrevistados que estão empregados afirmam não receber nenhum benefício (abaixo da média nacional de 24%). Entre os que recebem o vale-transporte é o mais recebido (59% – acima da média nacional de 49%), seguido do plano de saúde (48% – acima da média nacional de 42%) e vale-refeição (45% – acima da média nacional de 30%). O vale-alimentação é recebido por 44% dos entrevistados, enquanto o plano odontológico soma 32% dos respondentes (acima da média nacional de 26%). Apenas 8% afirmam receber PPR/Bônus, 7% vale-combustível, 7% auxílio creche, 7% cartão para adiantamento salarial e 6% auxílio educação.
Para 7% dos trabalhadores paulistanos que recebem vale-alimentação, o benefício representa de 90% a 100% da despesa mensal com supermercado (abaixo da média nacional de 16%).
Plano B em caso de demissão
2/3 dos trabalhadores paulistanos que estão empregados têm um plano B: 29% dos trabalhadores já mantêm atividade de renda extra (acima da média nacional de 24%) e 10% possuem outra fonte de renda além do salário (aluguel, rendimento, pensão). 23% dos entrevistados têm uma reserva de dinheiro, 18% afirmam que podem contar com alguém da família e 23% pensam em trabalhar como freelancer ou autônomo caso percam o emprego. Desses, 44% pretendem trabalhar como freelancer na mesma profissão que exercem caso sejam demitidos; 14% passariam a vender marmitas/comida, 25% passariam a vender bolos/doces (acima da média nacional de 20%), 23% seriam motoristas de aplicativos de carona, como Uber, 99POP e Cabify, 21% afirmam que dariam aula particular, 19% venderiam artesanato e 25% fariam bicos de serviços para casa (acima da média nacional de 15%). Porém, 28% afirmam não ter nenhum plano B em caso de desemprego.
Desempregados
Na região metropolitana de São Paulo, 17% dos profissionais estão desempregados. Desses, 42% estão fora do mercado de trabalho há mais de um ano (abaixo da média nacional de 47%). Dos trabalhadores atualmente desempregados, 60% foram demitidos do último emprego e 15% afirmam ter pedido demissão porque estavam infelizes no último emprego.
Busca por emprego
O salário é o principal fator levado em consideração pelos trabalhadores paulistanos que estão em busca de uma vaga representando 41%. O segundo fator mais importante, de acordo com a pesquisa, são os benefícios oferecidos (25% – abaixo da média nacional de 30%), seguido pela distância de casa (24% – acima da média nacional de 16%) e reputação da empresa (10%).
Impactos do cenário econômico
Segundo a pesquisa, o contexto econômico impactou financeiramente 85% dos brasileiros. Em São Paulo, 79% tiveram que cortar despesas (acima da média nacional de 73%). Desses, a maioria, 59%, passou a sair para comer fora com menos frequência e 56% a consumir marcas mais baratas (abaixo da média nacional de 62%). 50% deixaram de viajar; 46% abriram mão de hobbies; 46% passaram a comparar preços antes de fazer compras; 43% passaram a ir em mercados mais baratos e que oferecem mais promoções; 38% pararam de comprar produtos dispensáveis; 30% passaram a comprar marcas próprias dos supermercados, 29% substituíram medicamentos de marca por genéricos; 26% mudaram o plano de celular para um mais barato e 22% passaram a usar o transporte público com mais frequência.
34% dos entrevistados não tiveram que cortar gastos para comprar medicamentos, porém 30% tiveram que usar o dinheiro que estavam economizando (acima da média nacional de 25%) e 24% cortaram gastos de lazer para conseguir comprar remédios. A maioria dos paulistanos, 60%, não buscou métodos alternativos de tratamento para economizar com remédios.
O cenário econômico diminuiu a frequência com que as famílias faziam as compras de mercado: 27% costumavam ir toda semana (abaixo da média nacional de 38%), hoje o número caiu para 5%; 32% costumavam ir a cada quinze dias (acima da média nacional de 22%), agora o número está em 22%; 25% não tinham frequência certa, fazendo compras de reposição quando necessário. Este número cresceu para 45%.