Talvez você já tenha ouvido o termo e basta uma pesquisa rápida para entender que se trata de uma tendência no mundo do RH. As chamadas soft skills são aquelas habilidades muitas vezes difíceis de mensurar, mas que fazem a diferença na busca por colocação profissional.
Diferentemente das hard skills – ligadas à profissão, como uma técnica específica ou a facilidade em desenvolvimento de software, por exemplo – as soft skills estão ligadas ao comportamento. E elas estão em falta: um estudo da Capgemini com mais de 1,2 mil executivos revelou que aproximadamente 60% das empresas pesquisadas sofrem com carência destas habilidades.
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O consultor empresarial e palestrante Roberto Vilela destaca que são justamente estas características que podem destacar um profissional que esteja em busca de uma boa colocação no mercado de trabalho. “As soft skills estão em alta porque nos últimos anos empresas e profissionais focaram nas habilidades profissionais que até então eram vistas como essenciais. Buscar especialização, saber programar, conhecer o universo das vendas. A questão é que algumas habilidades que eram inerentes à nossa rotina foram suprimidas e hoje são difíceis de encontrar. Poucos desenvolveram, na busca pelo sucesso, senso de empatia, uma boa comunicação, habilidade de liderança. E são estas qualidades que estão sendo consideradas o futuro do mercado de trabalho”, destaca.
Roberto avalia que as soft skills são tão importantes quanto habilidades operacionais e reforça: trabalhar a inteligência emocional é o segredo para quem quer turbinar o currículo. “O avanço tecnológico criou uma geração de profissionais com grande dificuldade de conviver e trabalhar em equipe. E isso tem prejudicado os resultados das empresas, que já atuam em ações de desenvolvimento de habilidades comportamentais”, explica.
Cinco soft skills para ficar de olho em 2019
De acordo com o consultor empresarial, cinco habilidades podem ser destacadas como essenciais. “A primeira delas é a empatia no universo corporativo. Se colocar no lugar do outro garante que você vá entender melhor as necessidades do cliente e, consequentemente, atuar de forma mais assertiva na resolução dos desfios. Outra questão é a comunicação. Em tempos de aplicativos e redes sociais, saber se expressar e entender o timing do seu cliente é um grande diferencial”, comenta.
Criatividade também é essencial, não só na resolução de problemas, mas para tornar o profissional mais engajado. “Pensar fora da caixa nunca foi tão importante. Precisamos inovar de dentro pra fora e entender que essa ação nem sempre está ligada à tecnologia. Por fim, acredito que ter resiliência, se adaptando às dificuldades e desafios do mercado, e ética para atuar com responsabilidade não podem ficar de fora dessa lista”, lista Roberto.
Segundo o consultor, para desenvolver as soft skills, além de estudos e apoio de especialistas, é preciso que o profissional dê um passo atrás. “Reveja seus conceitos e sua atuação, avalie de forma crítica o seu modelo de trabalho, esteja aberto à mudança. Desenvolver estas habilidades depende, especialmente, da proatividade de cada profissional”, conclui.