O futuro do trabalho está influenciando a oferta de benefícios corporativos na América Latina. É essa a conclusão de um estudo feito com 50 empresas que empregam juntas cerca de um milhão e meio de colaboradores.
A pesquisa apontou que 67% já têm programas de qualidade de vida para seus funcionários e 57% aumentaram projetos nesse sentido no último ano, ou seja, as corporações estão cada vez mais preocupadas em incorporar benefícios que melhorem a saúde de seus empregados.
Conduzida pela Mercer, consultoria de saúde, carreira e segurança financeira, a pesquisa global encomendada pelo Gympass mostra que hoje a saúde física está entre as principais iniciativas de bem-estar, mas que esse foco pode mudar para saúde mental nos próximos dois anos. Pilar fundamental para esses cuidados, a atividade física é uma das opções oferecidas pelas empresas, seguido de opções saudáveis de alimentação e consultas internas de saúde.
Leia também:
Bem-estar aumenta a produtividade
Qualidade de vida é fundamental para 64% dos profissionais
“Uma das descobertas mais interessantes do estudo foi atestar a relevância dos programas de qualidade de vida para os negócios. Se antes as empresas apostavam em iniciativas como essas para reduzir custos com saúde, hoje a preocupação é engajar, motivar, atrair e reter os melhores talentos. Essa é uma mudança de paradigma no mercado corporativo e mostra um amadurecimento das corporações”, afirma Marco Crespo, CEO do Gympass da América Latina.
Apesar das práticas de bem-estar ajudarem na estratégia de gestão de pessoas, mensurar o retorno do investimento desses programas ainda é um desafio para as empresas na América Latina: 80% não calcula o ROI, e os principais motivos são as dificuldades culturais e a falta de dados. Tanto nas multinacionais como nas companhias nacionais, apenas 12% usam equipes internas para analisar o impacto do programa de saúde no negócio, enquanto 8% consultam fornecedores externos.
O impacto Millennial
Enquanto as corporações buscam se atualizar, as novas gerações ditam o ritmo dessas mudanças. Os Millennials já representam 50% da força de trabalho no Brasil e impactam proporcionalmente o mercado de benefícios: 56% das empresas consultadas ajustaram suas ofertas para atender aos interesses dessa geração, enquanto 32% têm programas específicos para aumentar o engajamento desse público.
Olhando para o futuro, mais de 21% da base global do Gympass já oferece yoga como uma modalidade que preza a saúde mental. A base de dados do Gympass constatou que os millennials são os que mais buscam pela modalidade. Em números, dos 5.906 millennials (23-35 anos) que participaram da pesquisa interna, 40,8% afirmam utilizar o Gympass de 4 a 7 vezes por semana e 41,3% de 2 a 3 vezes por semana. Já 54,3%, dos millennials, afirmam que começaram a praticar atividade física para ter uma melhora na qualidade de vida. Apenas 19,2% disseram que foi para perder peso.
Além da qualidade de vida, a flexibilidade no trabalho está no radar dos profissionais da geração Y. As principais características que valorizam em um emprego são horários diferenciados (82%), dress code casual (82%) e home office (51%).
Para Crespo, o movimento para se adequar às demandas dos Millennials é uma estratégia acertada. “Temos dados internos que mostram que 54,3% dos Millennials associados ao Gympass começaram a praticar atividade física para melhorar a qualidade de vida. Somente 19,2% relacionam a vida mais ativa com o objetivo de perder peso e essa é outra prova de como essa geração encara os cuidados com a saúde e já influencia a força de trabalho como um todo.”