Pesquisa recente da NTT Data e da Chazz Design, braço de negócios da companhia, ouviu 3,2 mil executivos em 10 países, revelando desejos dos colaboradores em relação às empresas e as habilidades desejadas em líderes e equipes nos próximos anos. Resultados foram apresentados no Fórum Melhor RH Tech, em novembro, e analisados por Diego Selistre, Head de Pesquisa e Estratégia da Chazz Design, e Leylah Halima, Diretora de Talento e Transformação da NTT Data.
No estudo, capacidade de adaptação, flexibilidade, capacidade de relacionamento e comunicação e inteligência emocional foram considerados essenciais a qualquer profissional (com adaptação e comunicação liderando o ranking, para 50% e 44% dos entrevistados, respectivamente). A sensibilidade, contudo, surgiu como característica relevante, e não como fragilidade, como até então era vista no mercado de trabalho.
“Poderosos soft skills devem gerar poderosos hard skills”, entende Selistre, da Chazz Design. Procura-se no profissional, segundo o executivo, “sensibilidade em relação a tudo”. “Uma capacidade de entender-se, entender o contexto e entender os outros”, explica. “A gente está na era da ‘reaprendizagem’. É preciso ser sensível, estar aberto, entender que não se sabe tudo, que o processo de aprendizado é constante”, ressalta.
Em relação às lideranças, também se espera maior sensibilidade, de acordo com o levantamento: 54% dos entrevistados sobre o tema querem líderes que tenham boa capacidade de relacionamento com a equipe; 39%, que ele tenha a capacidade de identificar que seu liderado não está bem; 40% desejam líderes que trabalhem junto às suas equipes, que realmente façam parte delas.
Avanços tecnológicos, desejos tradicionais
Por meio da pesquisa, verificou-se que já havia um investimento das companhias para a transformação digital antes da pandemia, mas evento acelerou esse processo, com 97% dos profissionais preferindo o modelo híbrido de trabalho.
Constatou-se, também, que, apesar da digitalização acelerada, colaboradores têm desejos tradicionais – querem fazer parte de “empresas mais provedoras”, como observa Leylah, da NTT Data. Cerca de 68% querem companhias que invistam em sua educação e desenvolvimento, e 45%, aquelas que forneçam benefícios como plano de saúde e de previdência.
Cerca de 81% dos colaboradores esperam, contudo, que as empresas respeitem a sua vida pessoal, um reflexo do momento em que a casa teve de ser adaptada para escritório, quando o home office não foi uma opção, mas algo compulsório.
Olhar positivo
Leylah destaca que, na sondagem inicial do estudo, em maio de 2021, ainda em cenário de forte pandemia, palavras como “ansiedade”, “preocupação”, “incerteza” e “medo” eram comuns entre os executivos ouvidos. “Na pesquisa de campo, porém, o resultado foi totalmente diferente. Justamente por serem parte desse momento desafiador, os profissionais têm desejos mais positivos para o futuro”, entende a executiva. Em torno de 47% deles o enxergam com otimismo; 28%, com esperança; 27%, repletos de confiança.
Para Leylah e Selistre, pergunta que fica como reflexão sobre os insights trazidos pelo estudo é se as empresas vão estar adaptadas aos profissionais e líderes do futuro, com a mesma abertura, flexibilidade e, sobretudo, sensibilidade vistas como fundamentais para os colaboradores.
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