A nova edição do estudo Cultura de Conselho e Comportamento dos Conselheiros, realizado a cada três anos pela consultoria Russell Reynolds, revela o perfil dos conselheiros administrativos considerados de alta performance em todo o mundo. Nesta edição, foram ouvidos mais de 1100 conselheiros de empresas da Europa, Américas, Oceania, Ásia, África e Oriente Médio. As companhias representadas tiveram receita anual superior a US$ 1 bilhão e atuam nos setores de Serviços Financeiros, Industrial e de Recursos Naturais, Consumo, Tecnologia, Saúde e Serviços Profissionais e Empresariais.
Segundo o levantamento, aproximadamente 80% dos conselheiros de alta performance têm visão voltada para o longo prazo, levando em conta uma perspectiva de 5 anos. Quando comparados aos seus pares, são 17% mais abertos a entender diferentes perspectivas, 12% mais capazes de manter a discussão focada no que mais importa e 11% mais dispostos a engajar e desafiar a gestão, quando apropriado.
Os profissionais se destacam, também, pelo comprometimento com iniciativas sustentatáveis e agenda ESG em geral. A igualdade de gênero, diversidade etária, racial e geográfica provou ter um impacto positivo na performance, sendo que 70% dos Conselhos de melhor desempenho investiram em Diversidade e Inclusão.
“Formar um ótimo Conselho de Administração exige uma seleção apurada de seus membros, baseada em competências pertinentes ao desafio das empresas, capacidade de focar em tópicos relevantes e na escolha de um presidente de Conselho com excelentes habilidades de liderança. Embora não seja fácil, essa formação é alcançável focando-se na compreensão das reais necessidades desse Conselho e escolhendo-se conselheiros capazes de trazer valor para endereçar esses desafios”, afirma Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds Associates.
Atuação na pandemia e alto comando
Conselhos de Alta Performance mantiveram o foco em fusões e aquisições e na alocação de capital, uma vez que esse período gerou oportunidades para adquirir potenciais competidores e/ou parceiros estratégicos. Além disso, 62% dos conselheiros de alta performance dedicaram-se mais aos planos de sucessão, tanto para o Conselho quanto para o CEOs, garantindo uma estratégia extremamente eficaz para selecionar candidatos adequados independentemente da agenda de sucessão, em contraste aos 46% do restante dos conselheiros.
A pesquisa destaca ainda o papel crítico do presidente do Conselho no desempenho do grupo e um conjunto único de responsabilidades, possibilitando extrair o melhor de cada conselheiro individual e coletivamente. Uma prática comum desses conselheiros é a promoção de avaliações frequentes de feedbacks detalhados, com ações e orientações construtivas visando a melhoria de performance. Esses feedbacks constantes são realizados por 66% dos Conselhos de Alta Performance – 10 pontos percentuais à frente dos demais, que geralmente tratam essas reuniões como um evento anual, e não como parte de uma abordagem integrada e contínua para melhorar seu desempenho
(Com informações da assessoria de imprensa)