Vivemos numa era em que se fala mais sobre prompt do que sobre propósito. A inteligência artificial promete otimização, produtividade, atalhos. E sim, ela é uma revolução real. Mas se tem algo que aprendi nos últimos anos ouvindo e cuidando de pessoas e times, liderando organizações e escrevendo o meu livro “O mundo é seu, mas calma lá!”, é que a comparação distorcida nas redes sociais causa mais paralisia do que a própria tecnologia.
No Capítulo 10, escrevo sobre isso:
“Olhe para seu caminho: esqueça o mundo cor-de-rosa das redes sociais.”
E isso, agora, serve para a IA. As redes mostram profissionais “dominando” a IA, empresas “inovando” com robôs, e jovens “empreendendo” com 25 anos. Mas o que a gente não vê — e que importa de verdade — é o bastidor:
● A insegurança de quem não domina bem ainda os “prompts” e as inúmeras IAs existentes e não sabe por onde começar;
● A ansiedade de quem acha que está ficando para trás com tanta aceleração das IAs generativas;
● A frustração de quem compara os próprios rascunhos e tentativas com os destaques e resultados dos outros.
Esse é o “mundo cor-de-rosa” que o Capítulo 10 do meu livro combate. E a IA, se não for usada com senso crítico, só alimenta esse ciclo. 🛠️
Como usar IA sem perder o rumo?
● Use IA para aprender, não para parecer. Ela pode te ajudar a explorar ideias, organizar pensamentos e crescer. Mas não substitui sua visão de mundo nem sua voz. Não use ela para o resultado final que os outros vão ver, mas, sim, para você aprender com ela coisas novas, que vão te fazer ser mais e melhor, sem tanta pressão.
● Olhe menos para o feed e mais para sua realidade. Suas decisões precisam fazer sentido para você — não para a comparação, o algoritmo ou aumentar o seu engajamento.
● Valorize o processo. O que você sente, vive, constrói e aprende não aparece em post, mas molda quem você é. Nenhuma IA emula isso. O que você sente, vive, experimenta, nenhuma IA vai substituir.
A IA pode e já está mudando o mercado. Mas quem muda sua trajetória é você. Com verdade, consistência e coragem de ser imperfeito. Ela pode te ajudar. Te desafiar. Otimizar seu tempo. Mas não pode escolher por você. Nem viver por você. No fim das contas, a IA pode escrever por você. Mas não pode sentir por você. E o que te move de verdade — e isso ainda não foi programado.
💬E você, tem conseguido usar IA como ferramenta ou tem sentido ela como mais uma pressão?