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Sua carreira vale mais que um prompt bem-feito: olhe para dentro antes da IA

Para Rodrigo Dib, nenhuma inteligência artificial substitui propósito. Antes de seguir o fluxo da tecnologia, é preciso lembrar o que realmente move sua carreira

de Rodrigo Dib em 18 de julho de 2025
IA Imagem gerada por IA

Vivemos numa era em que se fala mais sobre prompt do que sobre propósito. A inteligência artificial promete otimização, produtividade, atalhos. E sim, ela é uma revolução real. Mas se tem algo que aprendi nos últimos anos ouvindo e cuidando de pessoas e times, liderando organizações e escrevendo o meu livro “O mundo é seu, mas calma lá!”, é que a comparação distorcida nas redes sociais causa mais paralisia do que a própria tecnologia.

No Capítulo 10, escrevo sobre isso:

“Olhe para seu caminho: esqueça o mundo cor-de-rosa das redes sociais.”

E isso, agora, serve para a IA. As redes mostram profissionais “dominando” a IA, empresas “inovando” com robôs, e jovens “empreendendo” com 25 anos. Mas o que a gente não vê — e que importa de verdade — é o bastidor:

● A insegurança de quem não domina bem ainda os “prompts” e as inúmeras IAs existentes e não sabe por onde começar;

● A ansiedade de quem acha que está ficando para trás com tanta aceleração das IAs generativas;

● A frustração de quem compara os próprios rascunhos e tentativas com os destaques e resultados dos outros.

Esse é o “mundo cor-de-rosa” que o Capítulo 10 do meu livro combate. E a IA, se não for usada com senso crítico, só alimenta esse ciclo. 🛠️

Como usar IA sem perder o rumo?

● Use IA para aprender, não para parecer. Ela pode te ajudar a explorar ideias, organizar pensamentos e crescer. Mas não substitui sua visão de mundo nem sua voz. Não use ela para o resultado final que os outros vão ver, mas, sim, para você aprender com ela coisas novas, que vão te fazer ser mais e melhor, sem tanta pressão.

● Olhe menos para o feed e mais para sua realidade. Suas decisões precisam fazer sentido para você — não para a comparação, o algoritmo ou aumentar o seu engajamento.

● Valorize o processo. O que você sente, vive, constrói e aprende não aparece em post, mas molda quem você é. Nenhuma IA emula isso. O que você sente, vive, experimenta, nenhuma IA vai substituir.

A IA pode e já está mudando o mercado. Mas quem muda sua trajetória é você. Com verdade, consistência e coragem de ser imperfeito. Ela pode te ajudar. Te desafiar. Otimizar seu tempo. Mas não pode escolher por você. Nem viver por você. No fim das contas, a IA pode escrever por você. Mas não pode sentir por você. E o que te move de verdade — e isso ainda não foi programado.

💬E você, tem conseguido usar IA como ferramenta ou tem sentido ela como mais uma pressão?

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Rodrigo Dib

Superintendente Institucional do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE e especialista em empregabilidade jovem